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Política

Testemunhas de defesa do mensalão mineiro são ouvidas em BH

8 ago 2014 - 23h35
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A Justiça ouviu nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, dois ex-dirigentes do Banco do Estado de Minas Gerais (Bemge), testemunhas de defesa de José Afonso Bicalho Beltrão da Silva, ex-presidente da instituição financeira. Silva é um dos réus do mensalão mineiro. As informações são do Jornal Nacional.

O ex-presidente é acusado de ter transferido R$ 500 mil do banco para uma agência do publicitário Marcos Valério. O dinheiro, que deveria patrocinar um evento, teria sido desviado para a campanha de reeleição do então governador Eduardo Azeredo, do PSDB.

O mensalão mineiro

O processo conhecido como mensalão mineiro investiga possíveis desvios de dinheiro público durante a campanha do hoje deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB-MG) quando era candidato à reeleição ao governo de Minas Gerais em 1998. Segundo a Procuradoria Geral da República (PGR), o então candidato teria se beneficiado de recursos procedentes de um esquema que envolveu a empresa de publicidade SMP&B, de propriedade do publicitário Marcos Valério, condenado a Ação Penal 470, o processo do mensalão, por fatos semelhantes. De acordo com a procuradoria, R$ 3,5 milhões foram desviados de empresas estatais mineiras para a campanha.

Segundo a denúncia, o esquema desviou recursos públicos das empresas estaduais Copasa (R$ 1,5 milhão), Comig (R$ 1,5 milhão) e do antigo Banco Estadual do Estado, o Bemge (R$ 500 mil).

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu em dezembro de 2009 pela aceitação da denúncia contra Azeredo. A Corte decidiu que apenas réus com foro privilegiado responderiam às acusações no STF, e determinou o desmembramento do processo para que 14 envolvidos respondessem às acusações na Justiça de Minas Gerais. Após o desmembramento, somente Eduardo Azeredo e o senador Clésio Andrade (PMDB-MG), então candidato a vice-governador na chapa tucana, são processados no STF.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu ao STF a condenação do deputado tucano a 22 anos de prisão pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro. O procurador pediu também que seja imposta uma multa de R$ 451 mil ao parlamentar.

Fonte: Terra
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