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Política

RS: País passa por acontecimento surpreendente, diz Tarso

18 jun 2013 - 00h19
(atualizado às 00h25)
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Manifestantes se recusam a recusar apesar do avanço da polícia
Manifestantes se recusam a recusar apesar do avanço da polícia
Foto: Daniel Favero / Terra

Após os protestos que terminaram com depredação e confronto com a polícia, nas ruas de Porto Alegre, na noite desta segunda-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT), afirmou que o País passa por “um acontecimento surpreendente, com mobilização que não tem bandeira ou lideranças definidas”, referindo-se as mobilizações violentas em todo o Brasil. Para o chefe do executivo estadual, a polícia gaúcha foi obrigada a usar de força contra os manifestantes para “garantir a integridade das pessoas”.

“Estamos diante de um acontecimento surpreendente no País, uma mobilização que não tem liderança nem bandeira definidas ou unificadas nacionalmente, são manifestações importantes, mas que descambaram, em boa parte do País, para ações violenta que, na minha opinião, atrapalham os movimentos”, disse.

Segundo o governador, a orientação passada para a polícia militar foi de que fosse usada ponderação, “e pelas informações que essas recomendações foram cumpridas, se houve excesso de comportamento inadequado de qualquer brigadiano (policial militar local), nós temos que apurar”, afirmou.

Para Tarso, a classe política deve responder aos anseios da sociedade com medidas como a reforma política. “Talvez nosso parlamento aproveite para fazer a reforma politica... centenas de jovens indignados com situação, com as políticas nacionais”. 

Cerca de 5 mil pessoas se reuniram no início da noite desta segunda-feira em frente à Prefeitura de Porto Alegre, no centro da cidade, dando continuidade aos protestos iniciados por conta do aumento da passagem de ônibus. Os manifestantes expressam apoio ao movimento iniciado em São Paulo há mais de uma semana. Com cartazes e tambores, eles fazem muito barulho.

Após manifestantes quebrarem os vidros de uma revenda de automóveis da Honda, em Porto Alegre, a Polícia Militar usou bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha. O Batalhão de Operações Especiais (BOE) esperava a passeata em frente ao prédio do jornal Zero Hora, da RBS (afiliada da Globo). Segundo o BOE, nove pessoas foram detidas. A maior parte dos ativistas gritava "sem vandalismo, sem violência".

A polícia forçou os manifestantes até a avenida João Pessoa e, na avenida Azenha, a manifestação foi dispersada. Um grupo que se manteve ateou fogo a objetos, como um contêiner de construção, outro de lixo, um telefone público e uma caixa de correio.

Um ônibus também foi incendiado. "Eles não fizeram nada conosco, apenas exigiram que a gente saísse. Eu abri as portas e deixei todos os passageiros saírem", diz José Gusmão, motorista do veículo. O condutor diz também que o coletivo não estava lotado, mas tinha um bom número de pessoas.

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Fonte: Terra
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