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Política

Raquel denuncia Pezão por crimes iniciados em 2007

Na denúncia, a PGR explica que o pagamento de vantagens indevidas se repetiu na maioria das obras executadas no Estado nos últimos anos

19 dez 2018 - 15h07
(atualizado às 15h44)
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A Procuradora-Geral da República, Raquel Dodge, denunciou nesta quarta-feira, 19, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Outras 14 pessoas também foram denunciadas pelos mesmos crimes. O grupo é investigado no Superior Tribunal de Justiça (STJ), sob relatoria do ministro Felix Fischer.

Pezão está preso desde o dia 29 de novembro, quando foi deflagrada a Operação Boca de Lobo. O governador do Rio é apontado como líder de organização criminosa e responsável por manter o esquema de recebimento de propina que vigorou no governo de seu antecessor, Sérgio Cabral, preso há dois anos. As investigações em torno de Pezão foram iniciadas com a delação premiada do operador financeiro Carlos Miranda.

O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão
O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão
Foto: Fernando Frazão/Ag. Brasil / BBC News Brasil

Além de denunciar os envolvidos, Raquel também pediu que eles sejam obrigadas a pagar indenização por danos morais no valor de R$ 39,1 milhões e que seja decretada a perda da função daqueles que estiverem ocupando cargos da Administração Pública.

Na denúncia, a chefe da PGR afirma que as práticas ilegais tiveram início em 2007, quando Cabral assumiu o governo do Estado. Segundo Raquel, as apurações revelaram que as empresas deveriam repassar ao esquema criminoso 5% dos valores pactuados para firmar contratos com o governo. Pezão, de acordo com a PGR, se beneficiou de parte desses recursos, criou e manteve um esquema próprio de recebimento de propina, sucedendo Cabral na liderança da organização criminosa.

Na denúncia, Raquel Dodge explica que o pagamento de vantagens indevidas se repetiu na maioria das obras de construção civil executadas no Estado na última década. Foram desviados tanto recursos federais, como os destinados ao Programa de Aceleração do Crescimento, quanto estaduais.

Estadão
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