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Política

Presidente da Câmara recusa ideia de convocar constituinte

Segundo Henrique Alves, discussão já acontece na Casa e seria retardada com uma constituinte

25 jun 2013 - 15h05
(atualizado às 15h25)
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Dilma propõe plebiscito para Constituinte e reforma política:

O presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), afirmou nesta terça-feira que a Casa recusa a ideia de convocar uma assembleia constituinte para uma reforma política, uma das propostas da presidente Dilma Rousseff anunciada na segunda-feira, após reunião com prefeitos e governadores. Para Alves, a convocação de um grupo para elaborar as reformas atrasaria um trabalho que já está sendo feito pela Câmara.

Protesto contra aumento das passagens toma as ruas do País; veja fotos

"Essa Casa recusa a ideia da constituinte específica sobre a reforma política porque entende que isso apenas retardaria uma reforma que essa Casa tem a obrigação de fazer. Queremos votar reforma política e até assumo um pouco da responsabilidade de não ter votado ainda. Eu pautei em abril e me frustrei porque não consegui votar, mas agora temos que encarar essa questão”, disse o presidente da Câmara.

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Alves negou que a presidente tenha recuado da ideia de convocar uma constituinte. Segundo ele, no discurso de ontem, Dilma apenas sugeriu um debate para convocar um plebiscito. "Ela falou propondo um debate. Você leu diferente do que eu li, ela propôs um debate a respeito de uma constituinte específica. Ela coloca no início da frase (do pronunciamento) um debate a respeito de tal possibilidade", justificou.

Protestos contra tarifas mobilizam população e desafiam governos de todo o País

Mobilizados contra o aumento das tarifas de transporte público nas grandes cidades brasileiras, grupos de ativistas organizaram protestos para pedir a redução dos preços e maior qualidade dos serviços públicos prestados à população. Estes atos ganharam corpo e expressão nacional, dilatando-se gradualmente em uma onda de protestos e levando dezenas de milhares de pessoas às ruas com uma agenda de reivindicações ampla e com um significado ainda não plenamente compreendido.

A mobilização começou em Porto Alegre, quando, entre março e abril, milhares de manifestantes agruparam-se em frente à Prefeitura para protestar contra o recente aumento do preço das passagens de ônibus; a mobilização surtiu efeito, e o aumento foi temporariamente revogado. Poucos meses depois, o mesmo movimento se gestou em São Paulo, onde sucessivas mobilizações atraíram milhares às ruas; o maior episódio ocorreu no dia 13 de junho, quando um imenso ato público acabou em violentos confrontos com a polícia.

O grandeza do protesto e a violência dos confrontos expandiu a pauta para todo o País. Foi assim que, no dia 17 de junho, o Brasil viveu o que foi visto como uma das maiores jornadas populares dos últimos 20 anos. Motivados contra os aumentos do preço dos transportes, mas também já inflamados por diversas outras bandeiras, tais como a realização da Copa do Mundo de 2014, a nação viveu uma noite de mobilização e confrontos em São PauloRio de JaneiroCuritibaSalvadorFortalezaPorto Alegre e Brasília.

A onda de protestos mobiliza o debate do País e levanta um amálgama de questionamentos sobre objetivos, rumos, pautas e significados de um movimento popular singular na história brasileira desde a restauração do regime democrático em 1985. A revogação dos aumentos das passagens já é um dos resultados obtidos em São Paulo e outras cidades, mas o movimento não deve parar por aí. “Essas vozes precisam ser ouvidas”, disse a presidente Dilma Rousseff, ela própria e seu governo alvos de críticas.

Fonte: Terra
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