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Política

Porta-voz: afastamento maior de Bolsonaro 'vai acelerar processo de recuperação'

12 set 2019 - 19h36
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O vice-presidente Hamilton Mourão permanecerá na Presidência da República até segunda-feira, 16, segundo informou na tarde desta quinta-feira, 12, o porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros. O afastamento do presidente Jair Bolsonaro por mais quatro dias se deu para dar mais "descanso" ao presidente, internado para nova cirurgia no aparelho digestivo. Bolsonaro não tem previsão de alta.

"Foi avaliado que o presidente deve descansar por mais quatro dias, a contar de amanhã. Sexta, sábado, domingo e segunda. Esse descanso vai acelerar o processo de recuperação do presidente e, com toda naturalidade e normalidade, o general Mourão permanece como presidente em exercício até segunda-feira que vem", disse Rêgo Barros.

Bolsonaro continuava com uma sonda nasogástrica e recebendo alimentação pela veia até o fim desta tarde. Há previsão de que o médico Antonio Macedo, um dos profissionais que acompanha o presidente, faça uma avaliação em Bolsonaro às 21 horas. Não há previsão de que o médico fale com a imprensa. Havia expectativa de que a sonda pudesse ser retirada ainda hoje, mas isto ainda será avaliado.

"Ele está preparado, é uma pessoa mentalmente muito forte, e ele próprio participou desta decisão" de continuar afastado, afirmou o porta-voz, quem conversou com jornalistas na sala de imprensa do Hospital Vila Nova Star, na Vila Nova Conceição, zona sul de São Paulo, onde Bolsonaro está internado. "Mas a decisão final foi dos médicos", destacou.

O porta-voz disse que Bolsonaro teria condições de retornar ao cargo amanhã, como era previsto, mas que a decisão foi no sentido de dar mais conforto ao paciente. "Ele poderia assumir amanhã, mas não nos parecia interessante, do ponto de vista médico, assumir com alguma limitação", disse, ao dizer que a sonda era "incomoda".

Bolsonaro caminhou duas vezes durante esta tarde, de acordo com o porta-voz. Questionado sobre a distância percorrida, preferiu brincar, dizendo que as pessoas chutam uma metragem. "Dava para ter feito a caminhada de Compostela", citando rota de peregrinação da Espanha.

As visitas continuam restritas até liberação do médico Antonio Macedo. Nesta quinta, ele recebeu o médico Luiz Henrique Borsato, que o atendeu em Minas Gerais, quando o presidente foi esfaqueado, durante a campanha eleitoral. Bolsonaro está acompanhado da mulher, Michele, e do filho do meio, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSL).

Rego Barros disse não ter informação se o presidente e o vice tiveram algum tipo de diálogo nesta quinta. Segundo o porta-voz, a viagem do presidente a Nova York, ainda neste mês, para a cerimônia de abertura da Assembleia Geral da ONU, está mantida.

Estadão
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