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Política

Padilha diz que crescimento do Centrão nas prefeituras não impacta governo Lula e planos para 2026

Ministro das Relações Institucionais faz diagnóstico positivo para o PT nas eleições municipais e diz que pleito não impacta votação nacional ou governabilidade de Lula

7 out 2024 - 14h01
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BRASÍLIA - O ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) disse nesta segunda-feira, 7, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e líderes do governo, que a cúpula do Planalto fez um balanço sobre as eleições municipais deste ano. Padilha optou por fazer um diagnóstico positivo para o PT, citando que o partido teve um aumento de 40% nos prefeitos eleitos em todo o País em relação ao registrado em 2020. Também declarou que as eleições municipais não influem na governabilidade ou nas eleições nacionais.

"Tem um crescimento muito importante, só o PT teve um aumento de mais de 40% em relação a prefeituras, que se alarga agora em relação ao que era 2020. O conjunto de partidos que apoiam o governo, com lideranças, que tem ministros também tiveram um crescimento expressivo, o que mostra que esse conjunto de partidos tem um enraizamento importante nas eleições municipais, na sua grande maioria nos municípios, tem o tema local como tema central da disputa", afirmou.

O ministro também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro, que, segundo ele, "foi derrotado no seu condomínio" - uma referência à derrota do candidato do PL, Alexandre Ramagem, na disputa pela prefeitura do Rio de Janeiro contra Eduardo Paes (PSD), reeleito no primeiro turno. Ele fez comentário semelhante sobre a eleição do Recife (PE), vencida no primeiro turno por João Campos (PSB). Disse que a frente ampla de Lula derrotou o "sanfoneiro" de Bolsonaro - Gilson Machado, ex-ministro do Turismo que tocava sanfona em lives do ex-presidente e que concorreu contra Campos.

Padilha disse que o PT está otimista em relação à disputa em Fortaleza (CE), onde o deputado estadual Evandro Leitão (PT) enfrenta o deputado federal André Fernandes (PL) no segundo turno. "Achamos que ele é favorito", disse o ministro sobre Leitão.

Mesmo assim, Padilha reconheceu o "crescimento de partidos que compõem o centro" nas eleições municipais. Como mostrado pelo Estadão, o PSD elegeu o maior número de prefeitos no primeiro turno, com 877 chefes do executivo da sigla. O MDB, o PP e o União Brasil vêm logo atrás, com 845, 743 e 578, respectivamente. O PT foi o nono partido a mais eleger prefeitos, com 247. O PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, ficou em quinto, conquistando 510 municípios.

O ministro, porém, rejeitou a hipótese de que o resultado afetaria os planos do PT em relação a 2026. Segundo ele, "não existe relação direta entre eleição municipal e nacional". Padilha reforçou que "governabilidade (de Lula em Brasília) não tem relação com a eleição municipal".

Sobre a eleição municipal em São Paulo, onde o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) enfrentará o prefeito Ricardo Nunes (MDB) no segundo turno, Padilha disse que "o cerne" da campanha será "sobre o desejo de mudança". O ministro afirmou que os aliados do governo vão derrotar "ícones da extrema-direita" no segundo turno.

Estadão
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