PUBLICIDADE

Política

Marta e Pimentel se revezarão na 1ª vice-presidência do Senado

27 jan 2011 - 19h51
(atualizado às 20h12)
Compartilhar
Claudia Andrade
Direto de Brasília

Em reunião na tarde desta quinta-feira, a bancada do PT no Senado decidiu que haverá um rodízio do representante do partido na 1ª vice-presidência da Casa entre Marta Suplicy (SP) e José Pimentel (CE). Ainda não foi definido quem iniciará o rodízio. Como a eleição para o cargo ocorre a cada dois anos, quem ocupá-lo primeiro terá de renunciar após um ano para a entrada do outro.

Pelo regimento do Senado, as bancadas preenchem os cargos conforme seu tamanho - se não houver um clima de disputa entre os partidos. O PT, segunda maior bancada (15), optou pela primeira vice-presidência. Sem perspectiva de acordo, Marta Suplicy (SP) e José Pimentel (CE) disputavam na bancada petista o direito de substituir Sarney sempre que necessário e o revezamento foi a solução encontrada.

O esquema será reproduzido na Comissão de Assuntos Econômicos, com a presidência sendo dividida entre Delcídio Amaral (MS) e Eduardo Suplicy (SP). O partido quer ainda comandar as comissões de Infraestrutura, com Lindberg Farias (RJ), e Assuntos Sociais.

O PT quer que seja mantido o critério de proporcionalidade com base no número que compõe os blocos partidários para a distribuição das comissões. O líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE), disse que vai conversar com o líder do PMDB, Renan Calheiros (AL), para tentar manter o critério. Isso porque o PMDB defende uma mudança para proporcionalidade com base nos partidos. "Vamos ter uma conversa com o líder do PMDB para demonstrar nossa insatisfação com essa proposta", afirmou Costa.

Uma alteração para proporcionalidade com base no número de senadores dos partidos faria com que o PT perdesse comissões e a prioridade na escolha das comissões.

A reeleição do senador José Sarney (PMDB-AP) para a presidência do Senado, por outro lado, está praticamente sacramentada. Por ser a maior da legislatura que começa em fevereiro, o PMDB, com 19 senadores, fica com a presidência.

Disputa entre Marta e Pimentel

A eventual crise seria resultado do descontentamento da bancada com a forma como a candidatura de Pimentel foi apresentada. Segundo relato desse senador, o ministro de Ciência e Tecnologia e ex-líder da bancada, Aloizio Mercadante, trabalhou para que Pimentel não tivesse concorrência e fosse aclamado pelos colegas para fazer parte da mesa diretora.

"Esse foi um prato feito entregue à bancada. E o que houve foi um levante contra o dedaço do Mercadante", disse esse senador. Ele afirmou que havia insatisfação de parte dos senadores petistas contra a liderança do parlamentar paulista.

Costa disse que na reunião em que Mercadante foi eleito líder não foram apresentadas reivindicações em relação ao trabalho de seu antecessor.

"O Aloizio foi líder num período de enfrentamento, em que tinha uma crise pesada no Senado. E também havia uma grande dificuldade na correlação de forças. Essa foi uma característica do mandato recente. Hoje a situação é bem mais confortável", disse o novo líder petista.

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade