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Política

Lula: 'Crime organizado é multinacional envolvida com no futebol, na política, no Judiciário'

Presidente diz que governadores serão chamados para debater mudanças na Constituição para o enfrentamento das organizações criminosas

11 out 2024 - 10h59
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BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira, 11, que o crime organizado tem envolvimento com futebol, política e até com o Judiciário. Ele deu a declaração em entrevista à rádio O Povo/CBN, em Fortaleza (CE).

"O crime organizado hoje é uma empresa multinacional. Eles estão envolvidos em tudo quanto é área. No futebol, na política, no Poder Judiciário, estão envolvidos em tudo. Agora, sim, os Estados estão compreendendo que é preciso pactuar uma nova política de segurança pública para o Pais com uma participação do governo federal muito forte", declarou Lula.

O presidente Lula diz que o crime organizado atua em várias frentes
O presidente Lula diz que o crime organizado atua em várias frentes
Foto: WILTON JUNIOR/Estadão / Estadão

O presidente repetiu que pretende convidar todos os governadores para discutir o assunto. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, prepara uma proposta de emenda à Constituição que deve aumentar as responsabilidades do governo federal na segurança pública.

O ministro defende que a União tenha competência para coordenar o Sistema Único de Segurança Pública (Susp). O governo federal passaria a ter a prerrogativa de estabelecer diretrizes de uma política nacional de segurança única a ser seguida por todos os Estados - hoje com relativa autonomia aos governadores.

Em artigo escrito ao portal jurídico Conjur, Lewandowski diz que a "segurança pública deixou de ser um problema local para tornar-se uma questão nacional, considerada a criminalidade organizada, cuja atuação transcende as fronteiras estaduais e até mesmo as do próprio país". Segundo o ministro, "seu enfrentamento exige um planejamento estratégico capitaneado pelo governo central".

Lula voltou a criticar a gestão de Jair Bolsonaro por sua política armamentista. "Quando se liberou a quantidade de armas que se liberou nesse País, quem comprou armas? O crime organizado", disse o petista.

Estadão
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