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Lava Jato

Condenações da Lava Jato já somam 2 mil anos em sentenças

Dados divulgados pela força-tarefa apontam que sentenças condenatórias no âmbito da Operação somam 2.036 anos

4 out 2018 - 17h23
(atualizado às 18h34)
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Sentenças condenatórias no âmbito da Operação Lava Jato - que mira desvios e cartel na Petrobras -, iniciada em 2014, somam 2.036 anos, segundo dados da força-tarefa. Nesta última terça-feira, 2, o juiz Sérgio Moro recebeu a mais recente acusação da Lava Jato em Curitiba, base da operação, desta vez contra o engenheiro Douglas Campos Pedroza de Souza.

De acordo com a força-tarefa, até "o momento foram protocoladas 82 denúncias contra 347 investigados na Lava Jato em Curitiba". Ao todo já foram dadas 46 sentenças, gerando 215 condenações contra 140 pessoas. O total de penas impostas aos condenados chega a 2.036 anos, 4 meses e 20 dias de pena.

"As primeiras acusações ocorreram em abril de 2014 e, desde então, o tamanho da investigação aumentou consideravelmente. Entre os crimes pelos quais mais de uma centena de pessoas tornaram-se réus estão lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva, fraude a licitação, organização criminosa, evasão de divisas, lavagem de dinheiro do tráfico internacional de drogas, crime contra a ordem econômica, embaraço a investigação de organização criminosa, falsidade ideológica, etc", afirma, por meio de nota divulgada nesta quinta-feira, 4, a Procuradoria.

Juiz federal Sergio Moro preferiu não se pronunciar sobre assumir o cargo de Ministro da Justiça
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Foto: Marcelo Chello / CJPress / Estadão Conteúdo

Na denúncia que Moro recebeu na terça, 2, o engenheiro Douglas Campos Pedroza de Souza é acusado da prática do crime de lavagem de dinheiro no âmbito de dois contratos entre a Odebrecht e a Petroquisa, subsidiária da Petrobras, relacionados a obras no Complexo Petroquímico de Suape, no município de Ipojuca, em Pernambuco.

Em decorrência dos contratos de aliança firmados para as obras, de acordo com a Procuradoria, a "Odebrecht ofereceu e efetuou o pagamento de vantagens indevidas a agentes públicos, dentre os quais Djalma Rodrigues, ex-diretor da Petroquisa e pai de Douglas".

As investigações apontam que Douglas teria recebido o correspondente a R$ 16,1 milhões entre 16 de dezembro de 2010 e 19 de março de 2014 mediante transferências no exterior através das contas em nome de três offshores controladas pelo grupo empresarial, para contas em nome das offshores Spada Ltd., no Stanrdar Chartered Bank, em Londres, no Reino Unido; Maher Invest Limited, no Standard Chartered Bank, em Genebra, na Suíça; e também no BSI Overseas, nas Bahamas e no Greenwich Overseas Group Ltd., no Lloyds Bank, em Genebra, na Suíça.

Douglas é apontado como o suposto controlador e beneficiário das contas offshores Maher Invest, Spalda Ltda. e Greenwich Overseas. "Desta forma, o engenheiro atuou na ocultação e dissimulação do produto de crime de corrupção, cujo autor foi seu pai", diz a força-tarefa.

Tanto Douglas quanto Djalma foram alvos de mandados de prisão e de busca e apreensão na 52.ª fase da Lava Jato, que foi deflagrada no mês de junho.

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