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Política

'Laranja, de mim, nunca foi', diz Bolsonaro sobre Queiroz

1 jan 2019 - 14h07
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Em sua última entrevista em 2018, o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou, nesta segunda-feira, 31, que possui amizade com Fabrício Queiroz, ex-assessor de seu filho Flávio Bolsonaro investigado por movimentações atípicas em sua conta, desde 1984, mas ressaltou que não participou de nenhum ato ilícito. "Laranja, de mim, nunca foi", disse, ao Jornal da Record.

As movimentações atípicas de Queiroz foram apontadas pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). O fato levantou uma crise em torno do presidente eleito. O valor divulgado pelo Coaf é de R$ 1,2 milhão.

O presidente eleito falou que Fabrício Queiroz sempre teve confiança da família e que seu filho Flávio Bolsonaro não é investigado por nada. "(Queiroz) Foi trabalhar com o meu filho (Flávio Bolsonaro, no gabinete da Alerj), sempre gozou de toda a liberdade e confiança nossa. Era uma pessoa que já foi pescar comigo. Já curtiu férias comigo, lá em Mambucaba, no Rio de Janeiro."

Sobre os valores na conta de Queiroz, Bolsonaro disse que quem tem que prestar esclarecimento é o próprio ex-assessor. "As outras cinco pessoas que transferiram (além dos familiares de Bolsonaro), que eu tive acesso ao relatório do Coaf, são pessoas que depositaram de R$ 300 a R$ 8 mil, durante um ano, não foi todo mês. E ele tem que explicar no tocante a isso aí. Agora, ele já falou claramente, sempre há aquela desconfiança, 'ah, é caixa 2', 'é um laranja'. de mim, nunca foi?", afirmou Bolsonaro. "Agora, se tiver algo mais, que eu desconheço, cabe essa explicação ao Fabrício Queiroz, não cabe a mim", emendou.

Bolsonaro também falou sobre a quantia que foi depositada por Queiroz na conta de Michelle Bolsonaro, futura primeira-dama. "A questão da minha esposa, não é apenas dessa vez. O Coaf falou que foram R$ 24 mil (depositados na conta dela), na verdade, foram R$ 40 mil. Foi uma dívida que foi se acumulando dele e cobrei dele. E a maneira de cobrar foi o quê? Me dar um cheque", explicou.

Queiroz cedeu entrevista ao SBT no último dia 26 e deve prestar esclarecimentos ao Ministério Público. Ele já faltou a dois depoimentos ao MP alegando motivos de saúde.

Primeiras medidas

Jair Bolsonaro afirmou, em sua entrevista cedida à TV Record, que uma de suas primeiras medidas a serem tomadas nos primeiros 100 dias de governo será desburocratizar o sistema brasileiro. "Tirar o peso do Estado para quem produz. Vale para todas as áreas", disse o presidente eleito, que toma posse hoje.

Estadão
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