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Haddad promete aumentar imposto de bancos que subirem juros

Em ato de campanha na Rocinha, no Rio de Janeiro, candidato do PT à Presidência disse que pretende reduzir as taxas para fomentar o crédito

14 set 2018 - 13h25
(atualizado às 13h43)
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O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, atacou nesta sexta-feira (14) a concentração bancária, afirmando que, se eleito, vai estimular a redução dos juros para fomentar o crédito. Para isso, ele prometeu aumentar impostos das instituições financeiras que não diminuírem as taxas.

Fernando Haddad faz campanha na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro
Fernando Haddad faz campanha na Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro
Foto: Pilar Olivares / Reuters

O petista, que visitou a favela da Rocinha em ato de campanha na Zona Sul do Rio de Janeiro, disse que a retomada da atividade econômica depende de um conjunto de medidas, tais como reforma tributária, redução de impostos para famílias de menor renda e uma reformulação bancária.

"Sem a reforma bancária, o juro vai continuar muito alto na ponta, chega a 300% no cartão de crédito e 100% no cheque especial", disse Haddad a repórteres.

"Quanto mais juros o banqueiro cobrar mais imposto ele vai pagar, e vice-versa. Vamos induzir a diminuição das taxas de juros porque o sistema está muito concentrado, e, já que não tem concorrência entre eles, o governo vai regular para que haja concorrência", acrescentou.

Durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foram adotadas medidas anticíclicas para enfrentar o baixo crescimento econômico, e uma delas foi o uso dos bancos públicos para forçar a redução dos juros no setor bancário. Recursos bilionários também foram injetados pelo Tesouro no BNDES, que chegou a emprestar ao setor privado a um custo mais barato que o de captação. Na época, as medidas foram criticadas por comprometerem o desempenho dos bancos públicos e aumentarem o endividamento das famílias.

Fernando Haddad durante ato de campanha na Rocinha 14/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares
Fernando Haddad durante ato de campanha na Rocinha 14/09/2018 REUTERS/Pilar Olivares
Foto: Reuters

Teto dos gastos

Haddad afirmou ainda que o teto de gastos públicos, que regula as despesas do governo pela inflação do ano anterior, também comprime o nível de atividade.

"O teto de gastos não abre nenhum espaço fiscal para investimento, e sem investimento público, sem consumo das famílias, sem crédito barato, a economia não vai retomar e o problema fiscal vai agravar", afirmou.

O candidato do PT aproveitou a visita à Rocinha para prometer retomar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em comunidades carentes para melhorar as condições de vida das pessoas com mais emprego e geração de renda.

Carro de som anunciava "Lula é Haddad e Haddad é Lula"

Além de Haddad, também participaram do ato de campanha na Rocinha a candidata a vice Manuela D'Ávila e candidatos da coligação a outros cargos na eleição de outubro.

Durante a visita, o candidato à Presidência cumprimentou eleitores e moradores e ouviu gritos de Lula durante boa parte do percurso, que foi acompanhado por militantes e com um carro de som anunciando "Lula é Haddad e Haddad é Lula".

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