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Haddad associa Bolsonaro ao nazismo: "o que tem de pior"

Candidato petista disse haver uma escalada de agressões cometidas contra gays e mulheres no País

12 out 2018 - 11h59
(atualizado às 12h30)
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Candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad 08/10/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad 08/10/2018 REUTERS/Rodolfo Buhrer
Foto: Reuters

O candidato do PT à Presidência, Fernando Haddad, subiu o tom da campanha nesta sexta-feira, 12, e fez uma associação direta entre o adversário do PSL, Jair Bolsonaro, e o nazismo. Em entrevista coletiva após participar de uma missa na zona sul da capital paulista, Haddad disse ver uma escalada das agressões cometidas, por exemplo, contra gays e mulheres, e ressaltou que o rival representa "tudo o que tem de pior em termos de violência neste País".

"Bolsonaro é violência, é bala, é desrespeito", afirmou Haddad, alegando que sua campanha tem sido alvo de sucessivas provocações de apoiadores do deputado do PSL. "Estamos nos afastando dos provocadores que tentam nos perseguir. Em geral, eles usam a suástica nazista. O próprio Bolsonaro já declarou que, se estivesse na Alemanha dos anos 30, teria se alistado no Exército nazista", emendou. "A cultura da violência, do estupro, da tortura e do nazismo quem abraça é ele próprio."

Empenhado em fazer um aceno ao eleitorado religioso, Haddad participou de uma missa no Jardim Ângela, tradicional reduto petista na zona sul da cidade. Ontem, ele já havia participado de um encontro com a Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). Na entrevista coletiva, Haddad também criticou diretamente o economista Paulo Guedes, guru de Bolsonaro para a área econômica, e o bispo Edir Macedo, que declarou formalmente apoio ao presidenciável do PSL.

"Bolsonaro é o casamento do neoliberalismo desalmado representado pelo Paulo Guedes, que corta diretos trabalhistas e sociais, com o fundamentalismo charlatão do Edir Macedo", afirmou Haddad. Questionado sobre os ataques de Bolsonaro acusando a criação de um "kit gay" para ser distribuído nas escolas, Haddad retrucou: "É um grandessíssimo mentiroso. Por que ele não me enfrenta e pergunta isso num debate? É uma mentira deslavada de quem não tem projeto para o País, a não ser armar as pessoas para que elas se matem."

Haddad foi questionado também sobre a notícia de que o candidato derrotado à Presidência Ciro Gomes (PDT) decidiu viajar para o exterior com a família. Ciro havia sido convidado para coordenar o programa econômico de Haddad, mas optou pela viagem pelas próximas semanas. "Todos os democratas, todas as centrais sindicais, vários movimentos sociais democráticos, estão se somando à minha candidatura e vão se somar cada vez mais", disse.

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Estadão
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