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Política

Governo da Bolívia volta a cobrar explicações do Brasil sobre Molina

Senador de oposição a Evo Morales deixou o país como um "criminoso comum", com ordem de prisão decretada por prejuízos econômicos ao Estado

26 ago 2013 - 12h08
(atualizado às 12h10)
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O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
O senador boliviano Roger Pinto, em foto de 2008
Foto: EFE

O ministro da Presidência da Bolívia, Juan Ramón Quintana, disse nesta segunda-feira que o senador Roger Pinto Molina deixou o país como um "criminoso comum", já que tem ordem de prisão decretada e uma sentença condenatória de um ano por causar prejuízos econômicos ao Estado boliviano. De acordo com Quintana, o governo brasileiro terá que explicar as circunstâncias de entrada do político no País.

Molina, que liderou a oposição ao governo de Evo Morales, ficou quase 15 meses abrigado na embaixada do Brasil em La Paz desde que pediu asilo político ao País, alegando perseguição política. O salvo-conduto era negado pelas autoridades bolivianas.

Ontem, o Ministério das Relações Exteriores informou que abrirá um inquérito para apurar as circunstâncias da entrada dele, que chegou nesse domingo ao Brasil pela cidade de Corumbá (MS), onde se encontrou com o presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

O fiscal-geral interino do Ministério Público da Bolívia, o equivalente a procurador-geral em exercício, Roberto Ramírez, também sinalizou que a instituição pode engrossar a lista de autoridades que querem explicações do governo do Brasil sobre a saída do parlamentar de oposição do território boliviano. Ele explicou que representantes do órgão analisam o caso para identificar quais as providências podem ser adotadas.

Mesmo diante das cobranças ao Brasil, o ministro da Presidência da Bolívia reforçou o discurso de outros representantes do governo boliviano, de que a relação bilateral dos países não será afetada. Anteriormente, a ministra da Comunicação boliviana, Amanda Dávila, disse que as relações entre a Bolívia e o Brasil serão mantidas em situação de absoluta cordialidade e respeito. Molina deverá conceder entrevista no início da tarde de amanhã, no Senado.

Agência Brasil Agência Brasil
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