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Política

FHC defende renúncia de acusados se não houver defesa convincente

18 mai 2017 - 16h19
(atualizado às 16h22)
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso defendeu nesta quarta-feira a renúncia dos políticos envolvidos no novo escândalo de corrupção no país caso eles não apresentem uma defesa convincente.

Em uma mensagem divulgada no Facebook na qual citou o escândalo que colocou o presidente Michel Temer (PDMB) e o senador Aécio Neves (PSDB) contra as cordas, o ex-presidente afirmou que o Brasil "tem pressa para restabelecer a moralidade nas instituições e na conduta dos homens públicos".

"Os atingidos (pelas denúncias) têm o dever de se explicar e oferecer à opinião pública suas versões. Se as alegações de defesa não forem convincentes, e não basta argumentar são necessárias evidências, os implicados terão o dever moral de facilitar a solução, ainda que com gestos de renúncia", escreveu FHC.

O ex-presidente disse ser necessário a divulgação das gravações que fundamentam as novas denúncias de corrupção para que o país possa saber com exatidão o que ocorreu. Os fatos, para FHC, "afetaram profundamente nosso sistema político e causaram tanta indignação e decepção".

De acordo com FHC, a pressa que o Brasil tem não é para salvar algum político ou estagnar as investigações, mas sim restabelecer a moralidade e para ver na prática medidas econômico-sociais que deem segurança, emprego e tranquilidade aos brasileiros.

O pronunciamento do ex-presidente sobre o novo capítulo de corrupção do país foi interpretado como uma inclinação de FHC por líderes do PSDB que defendem a imediata saída do partido do governo.

No entanto, o ministro das Cidades, o tucano Bruno Araújo, decidiu renunciar ao cargo hoje. Alguns parlamentares do PSDB já fazem coro com a oposição e também exigem a renúncia de Temer.

A sugestão de FHC também se estende a Aécio, atual presidente do PSDB, também citado ao escândalo de corrupção relevado ontem.

EFE   
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