Ex-juiz Sérgio Moro ficará cercado de petistas no plenário do Senado
Lugares são divididos de acordo com o Estado do parlamentar, diferentemente da Câmara, em que deputados podem escolher onde sentar
BRASÍLIA - O senador Sérgio Moro (União-PR) ficará cercado de petistas no plenário do Senado. Ele tomou posse como senador nesta quarta-feira, 1º, após comandar a Operação Lava Jato - que prendeu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva - e o Ministério da Justiça no governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Os lugares são divididos de acordo com o Estado do parlamentar - ele não pode escolher onde sentar, diferentemente da Câmara. As cadeiras são organizadas em ordem alfabética do Estado. O Acre, por exemplo, é o primeiro e o Tocantins fica no fundão.
"Eu já me coloquei muito claramente, estarei na oposição", disse Moro ao chegar para tomar posse como senador e comentar a relação com o governo Lula.
O senador tende a ficar isolado na Casa, sem assumir cargos de lideranças e comando de comissões, pois enfrenta resistência de políticos de partidos que foram alvo da Lava Jato. Ele também queimou pontes com os lavajatistas após ser acusado de "traição" por ter enfrentado o ex-senador Alvaro Dias (Pode-PR) na disputa pela vaga do Senado no Paraná.
Entramos no gabinete do Senado que será ocupado, agora, por Sérgio Moro. A estrutura da Câmara fica parecida à de uma mera kitnet, se comparada ao bunker do ex-juiz. Bastidores @Estadao pic.twitter.com/qoQJPmMVxi
— André Borges (@AndreBorges_JOR) February 1, 2023