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Política

Doria e França 'brigam' para colar imagem de aliado ao PT em debate na Record

19 out 2018 - 15h18
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Os candidatos ao governo de São Paulo, Márcio França (PSB) e João Doria (PSDB) brigaram para ver quem cola em quem a imagem de petista durante debate na Record, transmitido na tarde desta sexta-feira, 19. A estratégia ganhou força no momento em que eleitores paulistas expressam forte rejeição ao PT na eleição presidencial e dão vantagem a Jair Bolsonaro (PSL) na disputa.

Doria citou que Márcio França nomeou para uma secretaria o sindicalista Cícero Firmino da Silva, conhecido como Martinha, um "auxiliar de Lula". O governador respondeu que Martinha é filiado ao Solidariedade e um "adversário" do ex-presidente. "Quem nomeou um ex-ministro do Lula para presidir sua empresa foi você", atacou França, em relação ao ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, hoje CEO do Lide, a quem Doria elogiou.

Os dois trocaram insinuação também sobre o futuro dos servidores públicos. França disse que não vai tirar salário e nem aposentadoria de servidor público, ao passo que Doria negou ter tal proposta. "Também não vou tirar benefício de servidor público. Vou colocar a meritocracia no serviço público, como fazem alguns países desenvolvidos", disse.

Voto feminino

O eleitorado feminino ganhou um aceno especial dos dois candidatos. Em confronto sobre política para a segurança da mulher, França disse que defende que mulheres tenham autonomia e por isso quer ampliar o serviço de creches no Estado. "O objetivo é zerar a fila. Eu deixei zerada a fila de creche. É assim que eu quero fazer em São Paulo", disse França, elogiando também sua vice, Coronel Eliane Nikoluk. "Eu escolhi uma mulher para minha vice. Uma mulher honrada", disse.

Doria, entretanto, atacou França pela fala de que em briga de casais ninguém deveria se meter e prometeu ampliar a ação da delegacia da mulher. "Eu entendo que a polícia deve agir, sim. Para defender a mulher em qualquer circunstância. Não é briga de casal para não meter a colher. Não é assistência social que vai resolver isso. É a polícia", disse Doria. França remediou e disse que casos de violência devem, sim, ser tratados com a polícia.

Em outro momento, França acusou Doria de não pagar FGTS e 13º salário aos seus funcionários e usar de contratos de pessoa jurídica para evitar isso. O candidato do PSB também fez insinuações sobre a apreensão de material de campanha de Doria, feita nesta sexta-feira, pela Polícia Federal em seu comitê, mas os temas não geraram comentários de Doria.

Estadão
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