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Política

Criticado, PSC manterá pastor à frente da Comissão de Direitos Humanos

Segundo o líder da legenda na Câmara, André Moura (SE), reunião desta terça-feira não discutirá saída de pastor do cargo

12 mar 2013 - 14h32
(atualizado às 14h59)
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<p>Apesar das críticas, pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) será mantido por seu partido na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados</p>
Apesar das críticas, pastor Marcos Feliciano (PSC-SP) será mantido por seu partido na presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados
Foto: Reprodução

Apesar das inúmeras críticas que se seguiram à indicação do deputado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para presidir a Comissão de Direitos Humanos (CDH) da Câmara, o partido deve manter o parlamentar à frente do colegiado, segundo afirmou nesta terça-feira o líder da legenda na Câmara, André Moura (SE). Ao Terra, o deputado afirmou que a reunião convocada para hoje apenas vai “discutir e avaliar as manifestações da sociedade” a respeito da indicação de Feliciano à frente da CDH.

“O que está se fazendo é um julgamento antecipado do deputado”, criticou André Moura, que também minimizou a reunião convocada para hoje, dizendo que a legenda se encontra todas as terças-feiras. Os membros do partido discutem este e outros temas na tarde de hoje, mas André Moura descartou a indicação de um novo nome do PSC para ocupar a presidência da CDH.

Procurado pela reportagem, Marco Feliciano disse que não daria mais entrevistas. No gabinete, um de seus assessores, Roberto Marinho, alegou que o deputado estaria “triste” pela repercussão que suas entrevistas tiveram na mídia. O assessor afirmou, ainda, que o parlamentar vai “trabalhar” na pauta da CDH e provar não ser homofóbico nem racista ao conduzir os trabalhos no colegiado, que tem sua primeira reunião amanhã pela manhã.

Polêmica

Mais cedo nesta terça, o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), negou que a legenda tenha sido a “culpada” pela eleição de Feliciano à frente da CDH. “O PT pensou que ficaria com quatro comissões e escolheu as comissões de Constituição e Justiça e de Cidadania; de Seguridade Social e Família; de Relações Exteriores; e de Direitos Humanos. Mas, pelos critérios de proporcionalidade, ficamos com apenas três”, disse.

Pastor Marco Feliciano pede senha de cartão para fiel; veja:

O partido está sendo apontado como “culpado” pela eleição de um deputado detentor de opiniões polêmicas e contrárias às minorias para presidir uma comissão que cuida justamente dos direitos dessa população. O PT sempre ocupou a presidência da comissão, mas trocou o cargo por outro e abriu a vaga para o PMDB - segundo maior partido -, que cedeu ao PSC duas vagas de titular e duas de suplente dentro da comissão; o PSDB cedeu duas vagas de titular; o PP cedeu uma de titular; e o PTB cedeu uma de suplente. Com isso, o PSC ganhou maioria para eleger seu nome. 

Na última quarta-feira, a sessão que elegeria o presidente do colegiado foi marcada por tumulto, o que levou à sua suspensão e adiamento para a quinta-feira – quando foi proibida a presença do público na audiência. Marco Feliciano enfrenta a resistência dos grupos que lutam pelos direitos humanos por conta de declarações racistas e homofóbicas supostamente feitas pelo parlamentar. 

Fonte: Terra
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