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Política

Ciro volta a relacionar Bolsonaro ao nazifascismo e critica Haddad e Paulo Guedes

19 set 2018 - 19h48
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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, saiu do autoproclamado tom 'more presidential', que caracterizava a campanha dele até agora, para criticar adversários e institutos de pesquisa. Até mesmo polêmicas que tratam as propostas de Jair Bolsonaro (PSL) como nazifascistas voltaram a rondar o discurso do pedetista.

Em evento em São Paulo, no qual recebeu o apoio de quatro centrais sindicais à sua campanha, Ciro voltou ao alvo favorito dele nos últimos dias: o concorrente do PT, Fernando Haddad. O pedetista disse que Haddad é uma boa pessoa, mas que não tem experiência para comandar o País.

"O camarada que perdeu no primeiro turno em São Paulo para o farsante do (João) Doria, perdeu para os brancos e nulos vai conseguir proteger o Brasil do nazismo, do fascismo, do extremismo? Eu acho que não", afirmou.

Mesmo sem relacionar diretamente Bolsonaro aos movimentos de extrema-direita, como havia feito em 29 de agosto em ato com reitores de universidades federais em Brasília, Ciro disse que a proposta de unificação da tributação do Imposto de Renda em 20%, desejada por Paulo Guedes, assessor econômico de Bolsonaro, é fascista.

"Todo mundo sério cobra imposto de forma progressiva. Cobra menos de quem ganha menos e mais de quem ganha mais. O que o posto Ipiranga do Bolsonaro está propondo é o inverso. É a cara do fascismo, é exatamente isto. Toda perseguição aos mais pobres, de preferência mulheres, negros, índios e LGBTs e todos os privilégios aos de cima", disse.

Ciro também minimizou os números da mais recente pesquisa Ibope/Estadão/TV Globo, na qual ele manteve 11%, Haddad subiu de 8% para 19% e Bolsonaro foi de 26% para 28%.

"Nós não podemos ceder o nosso voto aos institutos de pesquisa, porque eles erram. É só ver o que as pesquisas diziam em setembro de 2014 nesta data, quando falavam que a Dilma (Rousseff) e a Marina (Rede) iriam disputar o segundo turno", afirmou.

Negando que a agenda do fim de semana no Nordeste seja para atrair votos do lulismo, que segundo as pesquisas estão migrando rapidamente para Haddad, o pedetista ironizou. "Quem é que está dizendo? É o Ibope? Tu acredita no Ibope? E em mula sem cabeça?", disse a jornalistas.

Estadão
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