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Ciro quer estimular bancos privados a ajudar inadimplentes

Candidato do PDT à Presidência diz que vai afrouxar exigências de depósito compulsório se bancos refinanciarem dívida a juros mais baixos

13 ago 2018 - 14h39
(atualizado às 15h11)
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O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse em vídeo divulgado na rede nesta segunda-feira (13) que poderá afrouxar as exigências de depósito compulsório caso os bancos privados decidam ajudar no refinanciamento a juros mais baixos da dívida de brasileiros atualmente inadimplentes, depois da concessão de um desconto no montante do débito.

Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes
06/08/2018
REUTERS/Adriano Machado
Candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes 06/08/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

O pedetista, que transformou a promessa de tirar 63 milhões de brasileiros inadimplentes do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) em um dos motes de sua campanha, voltou a afirmar que o governo atuará diretamente para renegociar e obter descontos das dívidas da população caso ele seja eleito presidente em outubro deste ano.

"Quando você chega no Feirão do Serasa - os ricos não sabem nem do que eu estou falando-- você chega no Feirão do Serasa, como eles chamam, o Serasa diz assim 'venha limpar o seu nome que nós lhe damos desconto de 50, 60, 70 por cento'. No cartão de crédito, meu irmão, tem desconto de 95 por cento. Por quê? Cobra do consumidor brasileiro 486 por cento de juro ao ano", afirma Ciro no vídeo.

"Então, o primeiro movimento: pegar essa dívida toda, que eu já sei quanto é, e botar o governo para proteger os endividados. 'Agora é comigo que você vai negociar, meu patrão. Senta aqui e traz o desconto para mim. O povo agora não está mais desprotegido, agora tem um governo comprometido com o povo'", explicou.

Dívida por família seria de R$ 1.400 após renegociação, segundo Ciro

Depois disso, disse o presidenciável do PDT, os bancos públicos ajudarão no refinanciamento do que restar da dívida, que ele calculou ser, em média, de R$ 1.400 por família, após a renegociação. Caso os bancos privados aceitem participar com juros menores, poderá haver uma redução do compulsório, percentual dos depósitos existentes nos bancos que o Banco Central obriga as instituições financeiras a depositar na autoridade monetária.

"Aí eu pego o Banco do Brasil e a Caixa Econômica e vou ganhar dinheiro - porque vou tirar o juro de 486 e vou cobrar 10, 12, 11. Se os bancos privados se interessarem, eu dou uma afrouxadinha no compulsório", afirmou Ciro, ressaltando, entretanto, que a sua proposta não depende da participação dos bancos privados.

"Se eu der uma afrouxadinha, o banco se interessar, porque vai ganhar dinheiro - não os 486, mas 12 - ele pode vir me ajudar. Mas eu não vou precisar dele, não. Estou preparando um projetinho só com a Caixa Econômica, Banco do Brasil, Banco do Nordeste, Basa, Banrisul. Vai dar certo", garantiu.

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