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Política

Carta branca a Paulo Guedes tem limite, diz Bolsonaro à RedeTV!

28 set 2018 - 20h55
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O candidato do PSL a presidente, Jair Bolsonaro, afirmou nesta sexta-feira, 28, que o economista Paulo Guedes, que o assessora em assuntos econômicos durante a campanha, terá uma carta branca "com limite" em um eventual governo. A declaração foi dada durante entrevista ao jornalista Boris Casoy, da RedeTV!, transmitida nesta noite.

Segundo Bolsonaro, Guedes terá liberdade para propor ideias, mas as propostas passarão pelo seu crivo. "Ninguém será dono da sua área", disse o candidato, ressaltando que os membros de um eventual governo seu vão trabalhar "em equipe".

"Em relação às privatizações, por exemplo, o Paulo Guedes tinha uma ideia e eu tinha outra. Nós chegamos a um meio termo, que é não privatizar a Caixa e o Banco do Brasil, que para nós são empresas estratégicas. Mas tem umas 50 estatais criadas pelo PT que podem ser privatizadas ou extintas", disse.

O candidato afirmou também que aumentar a receita do governo sem elevar ou criar novos impostos. Para isso, disse que pretende estimular a arrecadação com desonerações fiscais, desburocratizações e acordos comerciais com outros países sem viés ideológicos, entre outras medidas.

Bolsonaro garantiu ainda que seus filhos não serão ministros no seu governo. Mas ressaltou que Carlos, vereador no Rio de Janeiro, sempre o aconselha sobre o que fazer e o que não fazer. "É ele quem bota freio em mim", disse.

Debate

O candidato do PSL afirmou ainda que dificilmente terá condições físicas de participar de algum debate na campanha, inclusive em um eventual segundo turno.

"Eu vou cumprir a determinação médica. Não posso bobear. Até falando demais eu posso ter problemas com meu intestino e ser reinternado. Dificilmente eu participarei de um debate, é quase impossível", disse o candidato.

A entrevista foi concedida no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, onde Bolsonaro está internado há 22 dias depois de ter levado uma facada durante um ato de campanha em Juiz de Fora, Minas Gerais.

Estadão
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