Carlos Bolsonaro vai à posse no TSE e se recusa a aplaudir Moraes
Filho do presidente da República trocou um rápido cumprimento com Alckmin, vice de Lula na disputa presidencial
Investigado num inquérito relatado pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), o vereador Carlos Bolsonaro se recusou a aplaudir o magistrado durante sua cerimônia de posse como presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O filho "02? do presidente Jair Bolsonaro (PL) está na mira de uma investigação do Supremo por causa da sua presença numa comitiva presidencial que visitou a Rússia em fevereiro deste ano. Em julho, Moraes prorrogou o inquérito por mais 90 dias, mesmo após a Procuradoria-Geral da República (PGR) ter se manifestado contra o processo.
Assim como fez a primeira-dama Michelle Bolsonaro, Carlos foi rápido ao deixar o plenário do TSE ao término da cerimônia e não foi visto na área reservada às autoridades para cumprimentar Moraes pela posse. O vereador acabou reproduzindo o gesto de Bolsonaro na tribuna da Corte ao se recusar a aplaudir o ministro. O presidente foi o único chefe de Poder a não fazer o gesto durante a fala de Moraes.
Antes de deixar o tribunal, Carlos cumprimentou rapidamente Geraldo Alckmin (PSB), que é candidato a vice-presidente na chapa encabeçada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O vereador chegou ao plenário do TSE após o início da sessão e, enquanto tomava seu assento, foi surpreendido por um gesto do ex-tucano para que se cumprimentassem.
A equipe de preparativos do TSE acabou colocando os dois políticos, que figuram em lados opostos da corrida eleitoral, na mesma fileira de assentos. A presença de um outro convidado impediu que os dois sentassem lado a lado durante a cerimônia.