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Deputada defende viagem de parlamentares do PSL à China

Deputada eleita pelo partido de Bolsonaro diz que não foi ao país 'em nome do Executivo'

17 jan 2019 - 14h47
(atualizado às 15h55)
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Um dos principais alvos das críticas de Olavo de Carvalho sobre a viagem de parlamentares eleitos pelo PSL à China, Carla Zambelli (PSL-SP) rebateu os comentários. "Não viemos em nome do Executivo. Parlamentares não têm prerrogativa de fechar contrato algum, viemos conhecer e ver o que há de bom, além de fomentar as exportações do Brasil", disse a deputada eleita ao Broadcast Político, serviço de cobertura em tempo real do Grupo Estado.

Considerado o guru do governo de Jair Bolsonaro e um dos responsáveis pela indicação de dois ministros - Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Ricardo Vélez Rodríguez (Educação) -, Carvalho criticou a ida da bancada de parlamentares do PSL à China para conhecer um sistema de reconhecimento facial e eventualmente trazê-lo para o Brasil. "Instalar esse sistema nos aeroportos é entregar ao governo chinês as informações sobre todo mundo que mora no Brasil", afirmou. "Vocês estão fazendo uma loucura. Vocês estão entregando o Brasil para a China. Vocês são idiotas?", perguntou em vídeo divulgado na internet.

A deputada federal eleita Carla Zambelli (PSL-SP), em setembro de 2017
A deputada federal eleita Carla Zambelli (PSL-SP), em setembro de 2017
Foto: Reprodução/Youtube / Estadão Conteúdo

A deputada eleita é citada algumas vezes no vídeo de Carvalho. "Isso é um bando de caipira. Inclusive, você, Carla Zambelli. Nunca vou te perdoar isso aí. Eu já te ajudei muito. Se você não sair desse negócio eu não falo mais com você", diz no vídeo, com o dedo em riste.

Ainda na China, Zambelli afirmou que os parlamentares que fazem parte da comitiva ainda não foram empossados e, desta forma, não falam em nome do Brasil. "Ninguém na comitiva tem poder para tal", disse.

A deputada eleita disse que toda a viagem foi custeada pelos parlamentares e pela embaixada da China, "sem ônus para os cofres públicos". Ela afirmou também que eles ainda não foram conhecer qualquer empresa de reconhecimento facial e que isso está programado para daqui alguns dias. "E não é só uma empresa", disse.

Estadão
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