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Política

Boulos critica Bolsonaro em primeiro discurso pós-derrota e diz que Tarcísio 'não será presidente'

Em discurso no Sindicato dos Bancários, no centro de São Paulo, Guilherme Boulos criticou Jair Bolsonaro e Tarcísio de Freitas por planos eleitorais para 2026

8 nov 2024 - 12h56
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Na primeira agenda pública após ser derrotado no segundo turno da eleição à Prefeitura de São Paulo, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL) afirmou que o governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), "não será presidente" em 2026.

Em discurso na quadra do Sindicato dos Bancários da capital paulista nesta quinta-feira, 7, o deputado também criticou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que conta com a aprovação de uma anistia no Congresso para reverter sua inelegibilidade, vigente até 2030, e disputar o próximo pleito presidencial. Para Boulos, o plano eleitoral do ex-presidente terá de "passar por cima" da esquerda.

Guilherme Boulos (PSOL) ao votar no segundo turno da eleição de 2024 em São Paulo
Guilherme Boulos (PSOL) ao votar no segundo turno da eleição de 2024 em São Paulo
Foto: Felipe Rau/Estadão / Estadão

Ainda sobre 2026, o parlamentar exaltou seu principal aliado na campanha à Prefeitura de São Paulo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Boulos, é o petista "quem pode livrar o Brasil da barbárie".

"Nós temos que estar aqui em fileiras cerradas para poder construir uma campanha de derrota a extrema direita no Brasil", disse Boulos. A direita extremada, segundo o deputado federal, pode ser tanto "aquela raiz e virulenta", representada pelo ex-presidente, "ou aquela que come de garfo e faca", em referência indireta ao governador paulista.

Não foi a primeira crítica de Boulos ao chefe do Executivo paulista. Em sabatina com o empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), o então candidato a prefeito do PSOL foi questionado sobre o que pensava do governador de São Paulo. Boulos disse que Tarcísio "não deixou um legado" positivo para o Estado, criticando o chefe do Executivo estadual pela privatização da Sabesp. Além disso, afirmou que a participação do governador no pleito da capital paulista fazia da cidade um "trampolim" para uma futura candidatura presidencial.

O parlamentar também comentou o desempenho obtido na eleição à Prefeitura paulistana. Boulos obteve 2.323.901 votos no segundo turno, o equivalente a 40,65% dos válidos, e perdeu a disputa para Ricardo Nunes, reeleito com 3.393.110 votos, 59,35% dos válidos.

Segundo Boulos, a campanha à reeleição do prefeito integra "um projeto que quer usar a cidade de São Paulo como trampolim para uma tentativa de retorno da extrema direita em 2026?. O deputado federal também disse que, ao enfrentar Nunes, desafiou também uma "máquina" poderosa.

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Estadão
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