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Política

Bolsonaro pode despachar por videoconferência, diz porta-voz

"Ele já vem mexendo no telefone, já assiste televisão", afirmou o general Otávio Santana do Rêgo Barros.

30 jan 2019 - 18h40
(atualizado às 19h00)
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O porta-voz da Presidência da República, Otávio Santana do Rêgo Barros, afirmou na tarde desta quarta-feira, 30, em coletiva de imprensa no Hospital Albert Einstein, que o presidente Jair Bolsonaro vai fazer a partir de amanhã despachos por vídeo ou audioconferência, caso seja necessário.

Desta forma, de acordo com o porta-voz, não há despachos confirmados para amanhã nem visitas de ministros. Havia a previsão inicial de que os ministros Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Ricardo Salles (Meio Ambiente) e Gustavo Canuto (Desenvolvimento Regional) viessem a São Paulo para ter reuniões com o presidente.

Paciente. Em vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro aparece de avental azul num quarto do Hospital Albert Einstein 
Paciente. Em vídeo postado nas redes sociais, Bolsonaro aparece de avental azul num quarto do Hospital Albert Einstein
Foto: TWITTER/JAIR BOLSONARO / Estadão Conteúdo

"O presidente está em recuperação plena, mas precisa descansar um pouco mais", disse Rêgo Barros. "Não obstante precisa manter-se descansando um pouco mais."

No Palácio do Planalto, ministros manifestaram desejo de viajar a São Paulo para visitar o presidente, mas os assessores mais próximos e familiares reforçaram que para o bem-estar de Bolsonaro o ideal é que haja despachos presenciais somente na semana que vem. A decisão, por enquanto, é que os contatos com integrantes do governo sejam feitos apenas por vídeo e audioconferência.

De acordo com Rêgo Barros, mesmo com estas restrições, o presidente apresenta condições de trabalhar. "Ele já vem mexendo no telefone, já assiste televisão", afirmou.

Questionado sobre o uso de WhatsApp para deliberar assuntos do governo, o porta-voz disse crer que "é possível direcionar, dar diretivas aos ministros" por meio do aplicativo.

Internação

O porta-voz afirmou ainda que, até o momento, está mantido o plano de internação de dez dias do presidente Bolsonaro. "O tempo de permanência no hospital é aquele necessário. São dez dias previstos, que podem ser antecipados ou postergados", comentou.

De acordo com Rêgo Barros, o presidente tem se preservado de falar por causa da possibilidade de formação de gases, que podem causar incômodo a ele.

Bolsonaro recebeu alta hoje da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após a cirurgia de reconstrução do trânsito intestinal e de retirada da bolsa de colostomia realizada na segunda-feira, 28.

No boletim divulgado mais cedo, a equipe médica informou que o presidente tem realizado exercícios de fisioterapia respiratória e motora. Rêgo Barros destacou que hoje Bolsonaro caminhou por 40 metros no corredor.

O porta-voz informou ainda que os boletins médicos passarão a ser divulgados sempre no fim da tarde. Ontem, houve a publicação de informações sobre o estado de saúde do presidente também no fim da manhã. "Os próprios médicos deliberaram que serão publicados boletins no fim da tarde. Não deve haver nenhuma preocupação da sociedade", disse.

Rêgo Barros voltou a dizer que os custos médicos são arcados pelo convênio entre a Presidência da República e o Hospital das Forças Armadas, mas que ele não comentaria os valores da cirurgia e da internação.

Estadão
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