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Política

Bolsonaro diz que quer alguém do 'perfil de Moro' para o STF

Se eleito, candidato do PSL terá o poder de indicar dois nomes para a Corte; Celso de Mello e Marco Aurélio Mello irão se aposentar

16 out 2018 - 20h20
(atualizado às 20h37)
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O candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, afirmou na noite desta terça-feira, 16, em entrevista ao SBT que se, for eleito, indicaria alguém do "perfil do Moro" para o Supremo Tribunal Federal (STF), em referência ao juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato em Curitiba (PR).

Se vencer a eleição em 28 de outubro, Bolsonaro terá o poder de indicar ao menos dois nomes para a Corte. O novo presidente da República poderá indicar substituos de Celso de Mello e Marco Aurélio Mello - os dois se aposentam compulsoriamente em 2020 e 2021, respectivamente. Celso, no entanto, já sinalizou que pode antecipar a sua saída do tribunal.

Na entrevista, Bolsonaro também afirmou que não vê problemas em indicar militares para exercer cargos em governos civis. Ele já prometeu que, se for eleito, vai indicar o general Augusto Heleno para a Defesa.

Candidato do PSL à Presidência falou sobre possíveis escolhas para o STF
Candidato do PSL à Presidência falou sobre possíveis escolhas para o STF
Foto: Twitter/Jair Bolsonaro / Estadão Conteúdo

"Não sei por que há preconceito com militares. Nos governos anteriores havia terroristas e não sei o porquê não questionavam isso", afirmou o candidato. O candidato disse ainda que há "bons civis" que o apoiam, mas que "pedem reservas".

Bolsonaro voltou a dizer que pretende ter um ministério "enxuto", com 15 "aproximadamente". Ele também reforçou que, além de Heleno, estão acertados os nomes do deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) para a Casa Civil e do economista Paulo Guedes para a Fazenda. Sobre Guedes, Bolsonaro elogiou o trabalho dele. "É um homem da confiança nossa", ressaltou. Mais cedo, Bolsonaro pediu que Frente Parlamentar da Agropecuária indique nomes para Agricultura.

O candidato negou aindao rótulo de 'estatista'. Questionado sobre a linha econômica que vai adotar, ele disse que "vai partir para privatizações". "Mas nós vamos limitar os setores estratégicos", sem indicar quais áreas seriam incluídos.

Bolsonaro disse ainda que "não tem cavalo de pau" na economia se ele for eleito e negou mais uma vez que vai aumentar impostos. Perguntado se a máxima vale até para a população mais rica do País, Bolsonaro emendou: "do jeito que está, não se pode falar em mais ricos no Brasil. Não vai ter aumento de impostos".

O candidato voltou a dizer que, caso seja eleito eleito, o Banco Central será "independente de política".

Comentando declarações do vice dele, o general Hamilton Mourão (PRTB), Bolsonaro afirmou que ele é uma pessoa bastante preparada e que houve "excesso da imprensa" em torno da fala dele sobre 13º salário.

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Estadão
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