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Política

Equipe de Bolsonaro se divide sobre apoiar atos pró-governo

Enquanto um grupo acha que momento não é de estimular o confronto, outro defende partir para o 'tudo ou nada'

20 mai 2019 - 23h31
(atualizado em 21/5/2019 às 06h55)
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Embora o próprio presidente Jair Bolsonaro tenha estimulado manifestações a seu favor, o ato marcado para o próximo domingo preocupa seus interlocutores mais próximos. A conta é simples. Se reunir menos gente do que na semana passada, quando milhares foram às ruas protestar contra o governo, a contraofensiva a favor de Bolsonaro pode representar "não um tiro no pé, mas um tiro na cabeça". Perder apoio das massas é algo fatal para um governo que tem no apoio popular sua arma para pressionar o Congresso

 Bolsonaro, em evento no Planalto 10/5/2019 .REUTERS/Adriano Machado
Bolsonaro, em evento no Planalto 10/5/2019 .REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Como não organizou uma base nos moldes do presidencialismo de coalizão, Bolsonaro está pendurado na rua. O problema é que o carisma de um líder é fugaz, não dura muito", resumiu o cientista político Paulo Kramer, que colaborou com o programa de governo de Bolsonaro.

Na semana passada, o presidente compartilhou em grupos de WhatsApp um texto que fala num País "ingovernável" fora dos "conchavos". Ao justificar o endosso à mensagem enviada, Bolsonaro disse, por meio de nota, esperar apoio da sociedade para "reverter essa situação".

O governo ainda não tem cálculo sobre quantas pessoas poderão aderir à convocação. A pauta diversificada - contra o Congresso, contra o Supremo, a favor da Previdência, em apoio ao governo - pode jogar contra. Um caminho seria reduzir a agenda ao apoio à reforma da Previdência, tirando o foco do presidente.

O time de Bolsonaro está dividido. Um grupo acha que o momento não é de estimular o confronto. Outro, que inclui a rede bolsonarista, defende partir para o "tudo ou nada".

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