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Polícia

RS: trio prende taxista em porta-malas 1 semana após mortes

Motorista foi vítima de assalto durante blitz para coibir crimes contra taxistas em Porto Alegre

6 abr 2013 - 13h21
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Taxistas bloqueiam vias de Porto Alegre em protesto pelo assassinato de três colegas
Taxistas bloqueiam vias de Porto Alegre em protesto pelo assassinato de três colegas
Foto: Daniel Favero / Terra

Um taxista foi preso no porta-malas de seu carro durante um assalto no fim da noite de sexta-feira em Porto Alegre, no bairro Lomba do Pinheiro. O crime ocorre uma semana depois da execução de três taxistas em diferentes pontos da cidade.

Segundo informações da polícia, três homens abordaram o táxi e pediram para que fossem levados até a Lomba do Pinheiro, na zona leste da capital. Lá, anunciaram o assalto e roubaram R$ 180 e um celular.

Armado, o trio obrigou o motorista a entrar no porta-malas do veículo, um Fiat Siena. O motorista ficou pouco tempo trancado, porque o veículo possui uma alavanca de abertura interna do porta-malas.

O crime ocorreu durante uma intensa blitz feita pela Brigada Militar (a Polícia Militar gaúcha) em resposta aos crimes ocorridos na semana passada. Das 20h de sexta-feira até as 4h30 de sábado, 375 táxis e 486 passageiros foram abordados em Porto Alegre. Nenhuma irregularidade foi encontrada nos táxis. Sem dar detalhe sobre a investigação, delegado Marcos Machado, da 21ª Delegacia de Polícia, nega relação do assalto com os crimes praticados na semana passada.

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Porto Alegre, Luiz Nozari, classificou as blitze como “medida paliativa” do Estado. Ele defende que o governo financie máquinas de cartões para que os taxistas passem a andar com menos dinheiro. "O governo tem que fazer aquilo que a sociedade deveria cobrar: acabar com a impunidade e aumentar a segurança. Mas, na parte que me cabe, eu acho que tirando o dinheiro do táxi diminui a vulnerabilidade", disse.

Crimes na capital e na fronteira

Na madrugada do dia 30 de março, três taxistas foram assassinados em Porto Alegre com tiros de calibre 22. Na mesma semana, outros três foram mortos por uma arma do mesmo calibre nas cidades de Santana do Livramento (RS) e Rivera, no Uruguai.

Apesar das coinciências, a polícia acredita que as mortes não tenham relação. Investigações da polícia uruguaia relacionam os crimes da fronteira com conflitos entre traficantes de uma quadrilha conhecida como Bala na Cara. Já em Porto Alegre, a investigação se encaminha para a hipótese do latrocínio (roubo seguido de morte), com vítimas previamente definidas pelo criminoso.

Fonte: Terra
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