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Polícia

RJ: novo comandante de UPPs diz que não vai tolerar desvios de conduta

14 ago 2013 - 15h56
(atualizado às 16h01)
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<p>O novo comandante-geral das unidades de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, disse nesta quarta-feira que não irá tolerar desvios de conduta por parte dos policiais</p>
O novo comandante-geral das unidades de Polícia Pacificadora, coronel Frederico Caldas, disse nesta quarta-feira que não irá tolerar desvios de conduta por parte dos policiais
Foto: PM-RJ / Reprodução

O novo comandante-geral das unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), coronel Frederico Caldas, disse nesta quarta-feira que não irá tolerar desvios de conduta por parte dos policiais. Caldas informou que vai apostar no controle do comportamento dos agentes e no respeito aos moradores das comunidades pacificadas.

"Vamos iniciar um processo mais rigoroso de controle dos policiais. Eu quero que o meu policial seja gentil no trato com a população", disse o coronel, ressaltando que a Rocinha e o Complexo do Alemão são os principais desafios.

"A Rocinha, com a questão do desaparecimento do Amarildo (de Souza), e o Alemão, com a questão do AfroReggae, são problemáticas. Nós estamos muito empenhados em resolver. Não podemos permitir que esse poder paralelo instale o caos nas UPPs."

O ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza está desaparecido desde o dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para averiguação na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha. A sede do grupo AfroReggae no Complexo do Alemão foi incendiada no dia 16 de julho. Outra unidade, localizada na Vila Cruzeiro, vizinha ao Complexo do Alemão e também ocupada pela polícia, foi alvejada por tiros, no último dia 1º.

O novo comandante-geral disse ainda que vai abrir uma sindicância para apurar a morte do jovem Laércio Hilário da Luz, 17 anos. Moradores do Parque Proletário, no Complexo da Penha, atearam fogo na noite de ontem em três ônibus em protesto contra a morte do rapaz, encontrado em cima da laje de uma casa da comunidade. Os moradores responsabilizam a polícia pela morte de Laércio.

"Nós reforçamos todo o efetivo policial na região e vamos abrir uma sindicância que vai colher depoimentos de moradores e parentes da vítima para podermos avaliar melhor este caso, mesmo sem um registro oficial que relate qualquer tipo de abordagem dos policiais ao Laércio", disse.

O comandante descartou que o jovem tenha sido vítima de violência física. "Os resultados preliminares da perícia indicaram que não houve nenhum tipo de lesão corporal, e nem de que o corpo de Laércio tenha sido levado para a laje da casa onde foi encontrado. Não houve nenhum vestígio de sangue nas imediações do local, o que aponta que o corpo não foi arrastado ou até mesmo levado para o andar de cima da casa", informou.

Agência Brasil Agência Brasil
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