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Quadrilha é monitorada há 9 meses pelo Gaeco, diz MP

Promotores sabiam que o grupo tencionava assaltar bancos na região do Alto Tietê, onde fica Guararema

4 abr 2019 - 11h31
(atualizado às 12h00)
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SOROCABA - A quadrilha que atacou com explosivos dois bancos, na madrugada desta quinta-feira, 4, em Guararema, região metropolitana de São Paulo, em que ao menos 11 suspeitos foram mortos, era monitorada há pelo menos nove meses pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba, interior de São Paulo. Com o monitoramento, os promotores conseguiram informações sobre possíveis ações dos criminosos e sabiam que o grupo tencionava assaltar bancos na região do Alto Tietê, onde fica Guararema.

Isso explica a intervenção da Polícia Militar da cidade com o assalto ainda em andamento e a rápida chegada das equipes da Rota ao município, permitindo o bloqueio dos criminosos em fuga. O monitoramento foi confirmado pela assessoria do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), mas as investigações estão sendo mantidas em sigilo. O núcleo do Gaeco em Sorocaba informou que, pelo menos por ora, não serão dados detalhes da operação.

Policial da Rota na operação contra os assaltantes
Policial da Rota na operação contra os assaltantes
Foto: Nivaldo Lima / Futura Press

A reportagem apurou que a investigação ganhou corpo após a prisão de nove integrantes de uma quadrilha, em Cerquilho, no dia 14 de setembro de 2018. Na ação da Policia Militar, coordenada pelo Gaeco, houve tiroteio e um suspeito morreu após ser baleado. Com o interrogatório dos suspeitos, o Gaeco obteve elementos para monitorar vários grupos de criminosos que agem no interior.

Os integrantes presos haviam participado de ataques com explosivos às agências do Banco do Brasil em Laranjal Paulista, Conchas e Pereiras, entre julho e agosto do ano passado. Em setembro, os criminosos explodiram uma agência do Itaú em Tietê, na mesma região. O grupo também assaltou dois supermercados e uma cooperativa em Cerquilho. Os nove suspeitos respondem presos pelos crimes de organização criminosa, furto qualificado pelo uso de explosivos, roubo e porte ilegal de armas.

Em dois anos, foram registrados 202 ataques com explosivos a bancos no Estado de São Paulo. Foram 100 ataques em 2017 e 102 em 2018, segundo dados da Secretaria da Segurança do Estado. Os alvos foram caixas eletrônicos ou os cofres das agências.

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