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Polícia

Operação no Rio busca 7 policiais civis e 53 PMs por corrupção

30 abr 2013 - 09h36
(atualizado às 10h12)
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Uma ação da Subsecretaria de Inteligência (Ssinte) da Secretaria de Segurança em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público combate a corrupção policial na zona oeste da cidade na manhã desta terça-feira. Ao todo, estão sendo cumpridos 78 mandados de busca e apreensão e 78 mandados de prisão nos bairros de Bangu e Honório Gurgel. Destes, 53 foram expedidos contra policiais militares, sete contra policiais civis e 18 contra civis (não policiais). 

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Segundo as investigações iniciadas há cerca de seis meses, os réus exigiam dinheiro de camelôs e mototaxistas, por meio de ameaças com armas. Os comerciantes que trabalhavam com mercadorias “pirateadas” (DVDs, aparelhos eletrônicos, telefones celulares, roupas e relógios usados) eram coagidos a pagar R$ 70, divididos em duas parcelas de R$ 35 cobradas todas as quartas e quintas-feiras. Já dos vendedores de mercadorias lícitas era cobrada a quantia de R$ 5, sempre às sextas e sábados. Além disso, mercadorias apreendidas de forma irregular eram revendidas a outros feirantes.

De acordo com a polícia, o trabalho também verificou que mototaxistas da região não possuíam carteira nacional de habilitação e não trafegavam de acordo com as leis de trânsito. A investigação identificou ainda que muitos faziam o transporte de drogas para usuários. Com o pagamento da propina aos policiais, essas irregularidades não eram combatidas.

O Ministério Público informou que o grupo atuava de forma organizada, com funções determinadas e escala hierárquica. O lucro era dividido por policiais militares dos 9º e 14º BPMs (Rocha Miranda e Bangu, respectivamente) policiais civis da 34ª DP (Bangu) e da Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM), além dos comerciantes e mototaxistas coniventes com o esquema.

A operação foi batizada de Compadre, porque nas escutas gravadas pela polícia os envolvidos se tratam por "compadre". As corregedorias das polícias Civil e Militar já instauraram procedimentos investigativos. Desde 2008, foram excluídos das duas corporações mais de 1,4 mil policiais.

Fonte: Terra
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