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Política

Oitocentas mulheres do MST invadem fazenda de João de Deus

13 mar 2019 - 15h47
(atualizado às 16h01)
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Médium João de Deus após ser preso em Goiânia 16/12/2018 REUTERS/Metropoles/Igo Estrela
Médium João de Deus após ser preso em Goiânia 16/12/2018 REUTERS/Metropoles/Igo Estrela
Foto: Metropoles/Igo Estrela / Reuters

Pelo menos oitocentas mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e também do Movimento Camponês Popular (MCP) ocuparam na manhã desta quarta-feira, 13, a fazenda Agropastoril Dom Inácio, em Anápolis, entre os distritos de Interlândia e Souzânia, no interior de Goiás.

A propriedade pertence ao médium João de Deus, preso desde 16 de dezembro sob acusação de estupros em série e assédio sexual - ele é alvo de acusações de mais de 500 mulheres que procuraram atendimento na famosa Casa Dom Inácio de Loyola, em Abadiânia (GO).

Segundo o MST, a área "está sub judice" e tem em torno de 600 hectares, próxima à rodovia GO-433. Em nota, o Movimento divulgou que "a ação faz parte da Jornada Nacional de Lutas das Mulheres Sem Terra que começou na última semana com mobilizações em todo país".

Ninguém sabe ao certo qual o valor da fortuna de João de Deus, entre aplicações, empresas, carros, casas, fazendas e latifúndios de monocultivo de gado e soja e um avião Seneca II de seis lugares.

Segundo o MST, João de Deus "também é conhecido por concentrar lotes, terras improdutivas e terrenos na cidade".

O próprio médium declarou à polícia possuir seis fazendas em Goiás - Crixás, Itapaci, Anápolis, São Miguel, Pirenópolis e Abadiânia.

"Por esses e tantos outros motivos, as mulheres Sem Terra ocupam hoje um território que é fruto do abuso, do estupro e da violência", diz nota do MST.

"Lutamos #PorTodasNós em um Brasil que segundo a Organização das Nações Unidas (ONU) é o quinto em mortes violentas de mulheres no mundo."

Estadão
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