Buscas pelo corpo do pedreiro Amarildo entram no segundo dia
Pelo segundo dia consecutivo, equipes da Divisão de Homicídios (DH) e do Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro fazem buscas no Aterro Sanitário de Seropédica, região metropolitana do Rio, para encontrar o corpo de Amarildo Dias de Souza. O ajudante de pedreiro está desaparecido desde dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Rocinha para averiguação.
As buscas começaram ontem e devem prosseguir até o fim da semana. A ação da polícia é para determinar se o corpo de Amarildo foi levado em um caminhão de lixo da Companhia de Limpeza Urbana para o aterro, que recebe todo lixo produzido na cidade.
De acordo com os investigadores, o corpo pode ser localizado no aterro porque um policial lotado na UPP da Rocinha recebeu a informação de um tio que trabalha na coleta de lixo.
Segundo o promotor Décio Alonso, da Justiça Militar estadual, "esse tipo de busca é extremamente complicada por se tratar de uma área muito extensa. E, como faz mais de 20 dias desde o desaparecimento do Amarildo, o trabalho deve ser realizado com muito cuidado. Estamos acompanhando e auxiliando o trabalho dos agentes policias para identificarmos possíveis resíduos orgânicos", disse Décio.
O desaparecimento de Amarildo
Amarildo sumiu no dia 14 de julho, após ser levado por policiais militares para a UPP, a fim de prestar esclarecimentos. O comandante da unidade, major Edson dos Santos, afirmou que o pedreiro deixou a base caminhando e depois não foi mais visto. O sumiço do pedreiro ganhou notoriedade depois de virar tema das manifestações de rua, no Rio e em outras capitais, com a frase "Cadê Amarildo?" estampada em faixas e cartazes.