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Polícia

AL: ataques e arrastões têm ligação com o PCC, diz governador

16 dez 2011 - 13h19
(atualizado às 13h21)
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Odilon Rios
Direto de Maceió

A ação de criminosos registrada nos últimos dois dias em Maceió - incêndio de quatro ônibus, arrastões e o assassinato de comerciantes - está ligada à migração do Primeiro Comando da Capital (PCC), que tem base no Sudeste, para Alagoas, afirmou na manhã desta sexta-feira o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB). Ele disse ainda que a ocorrência também tem ligação com a inauguração do primeiro módulo de segurança máxima no Estado.

Para Vilela, a organização criminosa se instalou na capital alagoana desde que o Estado aceitou receber o traficante Fernandinho Beira-Mar. Ele foi transferido em 2 de dezembro de 2005 para a sede da Polícia Federal, onde permaneceu por algumas semanas."Desde então, o crime cresceu e se profissionalizou em Alagoas". O governador disse ainda que conversará pessoalmente com a presidente Dilma Rousseff e pedirá a instalação de uma base da Força Nacional no Nordeste.

"Não podemos adiantar as medidas que serão adotadas, porque o resultado das ações fica comprometido. Mas podemos assegurar a todos que o Estado não está parado e que vai dar uma resposta a criminosos. Se for necessário, iremos, inclusive, transferir presos", disse o secretário de Defesa Social, em entrevista à radio Gazetaweb.

As ordens para os ataques, disse o secretário de Defesa Social, coronel Dário César, partiram dos presídios- onde estão presas facções do PCC. "Quando a segurança aperta os criminosos, eles procuram formas de revidar. Isso era previsível e aconteceu em outros Estados. O mais famoso caso aconteceu em São Paulo, quando homens do PCC atearam fogo em ônibus urbanos para intimidar a população. Embora imaginássemos que eles reagiriam, nós não tínhamos como prever como e onde", disse Dário César.

Dados do Instituto Sangari, divulgados esta semana em parceria com o Ministério da Justiça, apontam Alagoas como o Estado mais violento do Brasil. Geograficamente, Alagoas é o segundo menor Estado brasileiro, mas os índices são de 66,8 homicídios por 100 mil habitantes.

Fonte: Especial para Terra
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