Páscoa para cachorro tem ovo de fígado e bolinho de carne com sal do Himalaia
A vida social do schnauzer Mickey é agitada. Desde novembro, o cachorro de seis anos já teve quatro festas.
A mais recente foi na semana passada no Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, para comemorar a Páscoa.
Em torno de uma mesa, Mickey, os cães com que ele passeia todos os dias, sua dona e seus convidados aproveitavam o evento.
Para os animais, havia quitutes como ovo de fígado e bolinhos de carne com cenoura orgânica temperados com sal do Himalaia.
"Como a dona dele não tem filhos, o Mickey é como se fosse um filho para ela", diz o passeador de cães Márcio Lima.
O Brasil é o terceiro maior mercado no mundo para produtos e serviços voltados para animais de estimação, atrás apenas dos Estados Unidos e do Reino Unido.
Estima-se que o setor tenha faturado cerca de R$ 19 bilhões no ano passado no país, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet).
Empresas especializadas em eventos para animais ajudam a movimentar o setor, como o buffet Patas, que organizou a festa de Mickey.
O Patas realiza, em média, três festas para cachorros por mês, para até 30 animais. Os preços giram em torno de R$ 1,5 mil.
"Quem faz festa para cachorro são pessoas para quem o pet é um membro da família", diz a gerente de eventos Márcia Ogg.
A empresa também oferece kits para festas individuais, uma opção para quem prefere economizar sem deixar as celebrações de lado.
Nas festas de maior porte, a decoração é personalizada e a comida feita sob supervisão de uma veterinária.
"Há quem critique e ache um absurdo, mas essas pessoas não entendem a importância que o animal de estimação tem na vida de seus donos", diz ela.
Videorreportagem de Ana Terra Athayde, do Rio de Janeiro para a BBC Brasil