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Papa Francisco no Brasil

Anonymous Rio convoca outra manifestação durante visita do Papa

21 jul 2013 - 19h43
(atualizado às 21h56)
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O Grupo Anonymous Rio convocou uma segunda manifestação, para sexta-feira, durante a visita do papa Francisco ao Rio de Janeiro.

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A segunda convocatória, para sexta-feira em Copacabana, se segue a uma manifestação em frente à sede do governo da cidade na segunda, coincidindo com a reunião da presidente Dilma Rousseff com o Papa, pouco depois da chegada deste ao Brasil.

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"Não é contra a Igreja Católica. A ideia é aproveitar a presença do Papa, dos turistas e da imprensa global", disse o grupo no Facebook, que já convocou outras manifestações de rua em junho na cidade.

O segundo chamado é para protestar na praia onde o Papa rezará a Via Crucis, um dos principais atos na agenda do pontífice, que de 23 a 28 de julho presidirá a Jornada Mundial da Juventude no Rio.

"Será mais um grito contra a corrupção e por serviços públicos dignos", disse a convocatória. As autoridades reforçaram a segurança na cidade diante de eventuais protestos de rua.

As manifestações de rua de junho, durante a Copa das Confederações, reuniram um milhão de pessoas contra os milionários gastos públicos para construir estádios para a Copa diante da falta de investimento em saúde e educação reivindicada pelos brasileiros.

Os manifestantes também criticam os gastos públicos destinados a organizar o evento da visita do Papa.

O professor acredita que a origem latino-americana do papa Francisco também é um sinal de mudanças que devem ocorrer na Igreja. "É o primeiro papa do terceiro mundo e seguramente vai inaugurar uma dinastia de papas que virão da África da Ásia e da América latina, onde vivem 60% dos católicos. Acho que começa uma nova história da Igreja, com um novo estilo de papado: não mais imperial, monárquico, mas sim pastoral. Ele está mostrando isso. O tempo é curto para ver as consequências, mas todo mundo está se realinhando à forma mais comedida e simples que ele está inaugurando", disse.

Sobre as recentes manifestações populares no país, Leonardo Boff destacou que o Papa deve manifestar o desejo de que as autoridades brasileiras ouçam as demandas dos jovens, que pedem melhor qualidade de vida para o povo. "A causa deles é justa e está conforme o Evangelho. (…) Creio que o papa vai fazer um apelo também às autoridades para que escute os cidadãos e não governe de costas para o povo. Acho que ele é um homem corajoso, que fala a verdade. Não usa metáforas e nem discursos vaporizados, que vão escondendo as contradições. Ele fala sobre as contradições e sobre a nossa responsabilidade em resolvê-las", analisou

O teólogo não acredita que a vinda do Papa possa despertar protestos ou manifestações. "Os jovens já entenderam que ele (o Papa) está do lado deles e não contra eles. O povo brasileiro é acolhedor e hospitaleiro, não fará manifestações contra o Papa. Haverá manifestações ao estilo do que houve até agora, sem auxílio de partido e sem movimentos identificados. É o povo que está na rua reclamando outro tipo de governo, outro tipo de democracia, outro tipo de relação para com a população, que não seja esta autoritária, mediada por políticos corruptos. Essas manifestações poderão continuar e o papa seguramente vai entender e apoiar isso. Seguramente vão abrir ala e aplaudir o Papa. (…) Não temo que haja distúrbios, pelo contrário: será muito emblemática a presença dele. Ele é Francisco. Francisco não é um nome. É um projeto de Igreja: diferente, unida, popular, pobre e amante da natureza, chamando todos os seres, como chamava são Francisco, de irmãos e irmãs. Irmãos e irmãs a gente trata bem, cuida e não entra em conflito com eles", concluiu

Papa Francisco no Brasil

Com um público estimado em 1,5 milhão de pessoas, a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 ocorre entre os dias 23 e 28 de julho, no Rio de Janeiro. O evento, realizado a cada dois ou três anos, promove um encontro internacional de jovens católicos o Papa. A última edição da JMJ ocorreu em 2011, em Madri, na Espanha, e reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, de mais de 190 países.

O evento marca também a primeira grande visita internacional do papa Francisco desde sua nomeação como líder máximo da Igreja Católica, em 13 de março desde ano. O Pontífice chega ao Rio de Janeiro na tarde do dia 22 de julho, com retorno a Roma previsto para o dia 28. Sua agenda no Brasil contempla a visita à comunidade de Varginha, no complexo de Manguinhos, na zona norte do Rio, e ao Hospital São Francisco de Assis. Além disso, terá um encontro com a sociedade no Theatro Municipal, no centro da cidade, e ao Santuário de Aparecida, em São Paulo. O ponto alto fica por conta de duas grandes celebrações na praia de Copacabana, na zona sul do Rio, nos dias 25 e 26.

vc e o papa

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