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Padilha diz que "cresceu muito" chance de aprovação da Previdência dentro da base

5 dez 2017 - 14h16
(atualizado às 14h19)
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O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou nesta terça-feira que "cresceu consideravelmente" o apoio dos partidos da base aliada para aprovar o texto da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados.

Eliseu Padilha concede entrevista em Brasília
 7/7/2016    REUTERS/Ueslei Marcelino
Eliseu Padilha concede entrevista em Brasília 7/7/2016 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

Padilha disse que o PMDB deve fechar questão esta semana e só não toma uma decisão nesta terça porque o presidente do partido, senador Romero Jucá (RR), está em viagem. Ele avaliou que esse movimento deve ser seguido por partidos da base, o que deve ajudar na aprovação do texto ainda este ano na Câmara.

"A probababilidade de a gente aprovar cresceu muito. Na medida em que os sete partidos fecharem questão, seguramente nós teremos do PSDB uma posição favorável, sem dúvida nenhuma, é uma questão programática do PSDB o compromisso com o ajuste fiscal", disse Padilha.

O governo trabalha para que PMDB, PP, PR, PTB, PSD, PRB, DEM e mais o PSDB fechem questão em favor da reforma. Se isso ocorrer, deputados que votarem contra poderão ser punidos até mesmo com a expulsão da legenda.

Segundo Padilha, a decisão do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, de apoiar a reforma é um aceno positivo, uma vez que ele vai ser o futuro presidente do partido e também é candidato à Presidência da República. Alckmin mais cedo disse que o apoio dele à reforma é integral.

O PSDB deve discutir na quarta-feira sua posição sobre a reforma.

Nesta manhã, o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), disse que defenderá o fechamento de questão a favor da reforma assim que a matéria for pautada para votação. Uma fonte do partido na Câmara avalia, no entanto, que um fechamento de questão iria contra o posicionamento adotado até então pelo líder da bancada, Arthur Lira (AL).

MEIRELLES

O ministro não quis polemizar em relação às declarações do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que tenta se viabilizar como candidato a presidente, ao fato de que Alckmin não poderá ser o candidato do bloco partidário que o governo quer formar para as eleições de 2018. Meirelles é filiado ao PSD.

"Eu acho que o Meirelles falou mais em nome do partido, em nome pessoal, acho que esta ideia do bloco que o presidente Michel Temer defende, é uma ideia que não exclui ninguém e por óbvio não tem compromisso com ninguém", desconversou ele, ao afirmar que as declarações não atrapalham as negociações da reforma da Previdência.

Na véspera, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), criticou várias vezes as declarações de Meirelles, afirmando que elas vieram em "momento inadequado".

Padilha disse que deve ocorrer uma reunião na quarta-feira à noite a fim de avaliar os apoios da base à reforma. Ele disse que na manhã desta terça-feira houve uma reunião com deputados para discutir a votação da reforma, mas não se desceu em "detalhes" sobre a quantidade de votos que o governo tem para votar a proposta.

Para a reforma ser aprovada, são necessários os votos de ao menos 308 dos 513 deputados em dois turnos de votação na Câmara. O ministro disse que considera "impossível" votar a reforma no Senado ainda este ano, diante do calendário de votações estabelecido por aquela Casa Legislativa.

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