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Moreira Franco deverá ajudar na tramitação de projeto da Eletrobras, diz relator

9 abr 2018 - 19h21
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O relator na Câmara do projeto de lei que trata da privatização da Eletrobras, deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA), avalia que a indicação de Moreira Franco (MDB-RJ) para o Ministério de Minas e Energia vai ajudar na aprovação, no Congresso, da proposta para desestatizar a companhia.

"Moreira é um político experiente e vai ajudar muito", disse Aleluia à Reuters.

Moreira Franco, que substituirá Fernando Coelho Filho, que deixou o cargo para disputar eleições, vai tomar posse na terça-feira.

Recentemente, Aleluia cobrou mais esforços da base do governo para levar adiante o projeto, que está parado na comissão especial criada para examiná-lo.

A comissão vem tendo dificuldades para se reunir --o grupo já teve algumas sessões adiadas e, quando houve reunião, a oposição dominou os debates.

Um outro parlamentar, que também integra a comissão, mas preferiu não se identificar, disse que uma vez ministro de Minas e Energia, Moreira Franco ajudará na tramitação do PL da Câmara e nas discussões de uma medida provisória também relativa à privatização (MP 814).

"Até por ele vir do Palácio do Planalto, a articulação política para esses projetos deve funcionar melhor", disse.

Em meio às mudanças no ministério, no entanto, as ações da Eletrobras despencaram novamente nesta segunda-feira.

As ações preferenciais, que tinham caído mais de 8 por cento na sexta-feira, fecharam em baixa de mais de 6 por cento nesta segunda-feira.

COMPROMISSO

Mais cedo, o presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira, já havia avaliado positivamente a indicação de Moreira para o Ministério de Minas e Energia.

"Ele é comprometido com o projeto (de desestatização). Acho ele bom... o Moreira tem importância política e poder para mover a privatização", afirmou Ferreira, ao ser questionado pela Reuters sobre a substituição na pasta.

O presidente da Eletrobras disse ainda que segue no cargo e comprometido com a modernização da companhia.

"Tenho muito trabalho em curso... e aposto que vamos ter condições de seguir com o projeto maior, que é o da democratização do capital (privatização) da Eletrobras", adicionou.

Consultorias especializadas em risco político avaliam que o projeto de lei sobre a Eletrobras precisaria ser aprovado na Câmara a tempo de entrar no Senado ainda no início de maio para que o governo consiga cumprir seu cronograma de concluir a desestatização em 2018.

(Com reportagem adicional de Rodrigo Viga Gaier)

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