PUBLICIDADE

Ministro da Defesa diz que 2019 ficará abaixo de piores anos de queimadas na Amazônia

30 ago 2019 - 15h39
(atualizado às 16h45)
Compartilhar
Exibir comentários

O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, afirmou nesta sexta-feira que 2019 irá figurar abaixo dos piores anos de queimadas na Amazônia, apesar do alto número de focos de incêndios registrados na região no mês de agosto.

Fogo na Floresta Amazônica perto de Porto Velho 29/8/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Fogo na Floresta Amazônica perto de Porto Velho 29/8/2019 REUTERS/Ricardo Moraes
Foto: Reuters

Ao comentar os resultados da Operação Verde Brasil, anunciada pelo governo para combater incêndios e crimes ambientais na Amazônia, o ministro não forneceu detalhes sobre os avanços da ação, que chega ao seu sétimo dia de atuação, e afirmou que a Forças Armadas têm se concentrado nos chamados pontos de calor, que podem se tornar focos de incêndio.

"2019 vai ficar abaixo das piores queimadas que aconteceram", disse o ministro em entrevista coletiva realizada em Porto Velho (RO) para comentar a operação.

"Vocês viram a série histórica, normalmente acontece um época de seca, que é julho, agosto e setembro. Mas somando o ano, esse ano com certeza vai ficar numa média média, ou uma média baixo", afirmou Silva.

O ministro aproveitou para ponderar que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem apenas oito meses e está "preocupado" com o meio ambiente.

"Prova disso foi essa operação muito rápida", defendeu, acrescentando que, na segunda e terça-feiras, um comboio de ministros e secretários deve visitar a região para acompanhar o andamento das ações.

"Eu tenho certeza que o governo vai aproveitar os ensinamentos dessa queimada, dessa operação nossa, para tomar medidas mais efeitvas", afirmou.

INTERNACIONAL

O tenente-brigadeiro Raul Botelho, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, afirmou na mesma entrevista que o Brasil já iniciou conversas com pelo menos quatro países que ofereceram ajuda para combater os incêndios que assolam a Amazônia: Chile, Equador, Israel e Estados Unidos.

"Esses países foram identificados... nós recebemos essas ofertas e nós estamos realmente agora delineando qual o tipo de oferta que está sendo oferecida", explicou, acrescentando que o contato com os outros países é intermediado pelo Ministério de Relações Exteriores.

"Ofertas essas que nós vamos demandar no momento necessário", afirmou.

Segundo ele, as discussões mais encaminhadas dizem respeito à ajuda oferecida pelo Chile, que corresponde a dois aviões com capacidade de até 3 mil litros para ajudar no enfrentamento das queimadas.

Botelho disse ainda que o Equador ofereceu 30 brigadistas, enquanto as conversas com os Estados Unidos envolvem a oferta de aeronaves-cisterna, além de aviões para o transporte logístico. Segundo o tenente-brigadeiro, as conversas com Israel envolvem um produto chamado retardante, que ajudaria no combate ao fogo.

Outros países também ofereceram apoio, caso da Argentina, de acordo com o chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, mas cada oferta tem sido analisada caso a caso.

Na última sexta-feira, diante da repercussão internacional causado pelo incêndio na Amazônia, Bolsonaro convocou reunião e assinou decreto com autorização para o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem Ambiental (GLOA) nos Estados da Amazônia Legal.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade