Ministério da Saúde critica restrições 'radicais' da Itália
Governo ainda descartou a repatriação de brasileiros
O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo, considerou nesta segunda-feira (9) a nova restrição anunciada pela Itália na tentativa de conter o coronavírus como "extremamente radical".
Apesar da crítica, ele disse que o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte, que blindou o país inteiro, deve ter tomado a decisão baseado no preocupante aumento do número de casos.
Segundo o balanço atualizado nesta tarde, a infecção por Covid-19 provocou a morte de 463 pessoas e contaminou mais de 9 mil.
Durante entrevista coletiva, Gabbardo também descartou a possibilidade de repatriar brasileiros que estão isolados no território italiano, assim como o governo fez com os cidadãos que moravam em Wuhan, cidade chinesa epicentro da doença.
"Temos informações de que tem de 70 a 80 mil brasileiros que moram nessa região. Não existe no radar essa possibilidade de repatriação dos que estejam na Itália", explicou o secretário-executivo do Ministério da Saúde.
Mais cedo, Conte pediu para toda a população da Itália permanecer em suas casas em decorrência do surto de coronavírus.