PUBLICIDADE

Marubeni estima prejuízo de US$1,7 bi com impacto do coronavírus às commodities

25 mar 2020 - 14h39
(atualizado às 15h15)
Compartilhar
Exibir comentários

A trading japonesa de commodities Marubeni projetou nesta quarta-feira um prejuízo líquido recorde de 190 bilhões de ienes (1,7 bilhão de dólares) para o ano comercial que termina em março, à medida que a pandemia de coronavírus gera uma queda sem precedentes nos preços do petróleo e baixas em outras commodities.

Sede da trading de commodities Marubeni, em Tóquio 
10/05/2016
REUTERS/Toru Hanai
Sede da trading de commodities Marubeni, em Tóquio 10/05/2016 REUTERS/Toru Hanai
Foto: Reuters

A estimativa de perdas, que confronta uma projeção anterior de lucro de 200 bilhões de ienes, vem conforme empresas de óleo e gás cortam planos de investimentos, em um momento em que a rápida disseminação do coronavírus causa choques na cadeia de demanda e o mercado é inundado com petróleo após o colapso do acordo da Opep+ para cortes de produção.

O prejuízo ocorre "devido à deterioração do ambiente global de negócios, incluindo uma forte queda nos preços do petróleo, na esteira da pandemia de coronavírus e de outros fatores", disse a Marubeni em comunicado.

A empresa afirmou que está registrando "impairment" e uma perda extraordinária que totalizam 390 bilhões de ienes, sendo 145 bilhões de ienes apenas de seus projetos de óleo e gás no Golfo dos Estados Unidos e no Mar do Norte.

A Marubeni também projeta um prejuízo de 100 bilhões de ienes em seus negócios de grãos nos EUA, incluindo um prejuízo de 80 bilhões de ienes na subsidiária Gavilon, além de uma perda de 60 bilhões de ienes nas fatias que mantém em minas de cobre no Chile.

O guidance revisado representa o primeiro prejuízo desde a perda de 116 bilhões de ienes registrada no ano comercial finalizado em março de 2002, um recorde à ocasião, disse o porta-voz da Marubeni, Masato Tachibana.

Reuters Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
Compartilhar
TAGS
Publicidade
Publicidade