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Marina declara "voto crítico" em Haddad diante de "risco iminente"

22 out 2018 - 18h45
(atualizado às 19h00)
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Candidata à Presidência da República no primeiro turno das eleições deste ano, Marina Silva (Rede) afirmou que dará um "voto crítico" ao presidenciável Fernando Haddad (PT), diante de riscos de banalização do "mal".

Marina Silva, da Rede, participa de debate em Brasília 06/06/2018 REUTERS/Adriano Machado
Marina Silva, da Rede, participa de debate em Brasília 06/06/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Marina reconhece que sua opinião é restrita, por ter obtido pouco mais 1 por cento dos votos no primeiro turno, mas defendeu seu valor "simbólico" que obedece a um dever "ético e político".

"Diante do pior risco iminente, de ações que, como diz Hannah Arendt, 'destroem sempre que surgem', 'banalizando o mal', propugnadas pela campanha do candidato Bolsonaro, darei um voto crítico e farei oposição democrática a uma pessoa que, 'pelo menos' e ainda bem, não prega a extinção dos direitos dos índios, a discriminação das minorias, a repressão aos movimentos, o aviltamento ainda maior das mulheres, negros e pobres, o fim da base legal e das estruturas da proteção ambiental, que é o professor Fernando Haddad", diz Marina, em nota divulgada nesta segunda-feira.

Para a política, ex-ministra do Meio Ambiente e ex-senadora, Bolsonaro representa um projeto que "minimiza a importância de direitos e da diversidade existente na sociedade", promove a "incitação sistemática ao ódio, à violência, à discriminação", e "mostra pouco apreço às regras democráticas, acumula manifestações irresponsáveis e levianas a respeito das instituições públicas e põe em xeque as conquistas históricas desde a Constituinte de 1988".

Marina também não poupou críticas a Haddad. Para ela, ainda que tenha discurso pró-democracia e direitos sociais, a campanha de Haddad erra ao "esconder" e "não assumir" "os graves prejuízos causados pela sua prática política predatória, sustentada pela falta de ética e pela corrupção que a Operação Lava Jato revelou, além de uma visão da economia que está na origem dessa grave crise econômica e social que o país enfrenta".

O candidato, por sua vez, declarou no Twitter que o voto de Marina o "honra por tudo que ela representa e pelas causas que defende".

"Nossa convivência como ministros foi extremamente produtiva e até hoje compartilhamos amizades de brasileiros devotados à causa pública. Esse reencontro democrático me enche de orgulho", tuitou.

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