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Maia promete aliança com Guedes e Alcolumbre por agenda racional "sem ficar olhando para internet"

17 mai 2019 - 18h14
(atualizado às 18h16)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira que anunciará na próxima semana ou na seguinte uma agenda "muito racional, muito objetiva" de reestruturação do Estado, em parceria com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e "sem ficar olhando para a internet".

 Maia, ao lado de Guedes em Brasília 8/4/2019 REUTERS/Adriano Machado
Maia, ao lado de Guedes em Brasília 8/4/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

Durante o 91º Encontro Nacional da Indústria da Construção (Enic), no Rio de Janeiro, Maia disse que o Congresso confia em Guedes e vê nele um líder das reformas econômicas dentro do governo do presidente Jair Bolsonaro. O presidente da Câmara acrescentou estar firme no compromisso com a agenda econômica liberal de Guedes.

"Eu e o presidente Davi (Alcolumbre), do Senado, nós decidimos, e vamos realizar junto com os líderes ou na próxima semana ou no início da outra, deixar bem claro para a sociedade que a Câmara e o Senado vão ter uma agenda muito racional, muito objetiva, de reestruturação do Estado brasileiro, e vamos fazer isso juntos com o ministro Paulo Guedes", disse Maia.

"Nós não vamos ficar olhando para a internet, para essas guerrilhas virtuais... Se a gente for ficar olhando rede social, a gente não faz a Previdência, a gente não melhora educação, não melhora saúde, e eu e o Davi vamos fazer um pronunciamento muito objetivo: nós confiamos no ministro Paulo Guedes, temos nele um líder dessas reformas dentro do governo, e o nosso foco a gente não vai perder."

As declarações de Maia, em um evento do qual Guedes também participou, acontecem em um momento em que o governo enfrenta sérias dificuldades em sua articulação política com o Legislativo e também depois de atritos do presidente da Câmara com Bolsonaro por causa de críticas do entorno e de aliados do presidente a Maia em redes sociais.

"Querem que a gente perca o nosso foco, porque se perder o nosso foco, o nosso Estado continua capturado por corporações públicas e por poucas corporações privadas que nos levam quase 400 bilhões por ano de incentivos fiscais", disse o presidente da Câmara.

"A agenda que a gente não pode tirar da frente, um objetivo muito claro. Nós temos 13 milhões de brasileiros desempregados, temos 15 milhões de brasileiros vivendo abaixo da linha da pobreza, nós voltamos a ter fome nesse país", disse.

"Nós não podemos perder tempo com conversa na diagonal, nossa conversa tem que ser muito objetiva, e é isso que o Congresso Nacional vai deixar muito claro para a sociedade brasileira, se possível já na próxima semana."

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