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Liderança da base defende que Câmara não vote temas polêmicos até março, incluindo Eletrobras

21 fev 2018 - 20h32
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A despeito da pauta prioritária anunciada pelo governo e diante de constante movimentação com vistas às eleições de outubro, uma liderança da base do governo defende que o Legislativo não se debruce sobre temas polêmicos --incluindo a privatização da Eletrobras-- até que o cenário político torne-se mais definido.

O clima eleitoral já começa a contaminar o ambiente no Congresso e o cenário ainda incerto sobre quem será o candidato, ou candidatos, da base do governo traz um indesejado ambiente de instabilidade, avalia essa liderança, que pediu para não ser identificada.

A ideia é que seja delineada uma pauta consensual e menos controversa até o início de abril, quando encerra-se a janela para trocas partidárias e o jogo eleitoral começa a ganhar contornos mais claros.

"Até lá, não se sabe quem é quem", afirmou.

Desde quando ainda investia seus esforços de articulação para tentar votar na Câmara a reforma da Previdência, o governo já ouvia de seus aliados a avaliação de que quanto mais perto das eleições, mais difícil seria de lidar com temas polêmicas.

A Proposta de Emenda à Constituição da reforma da Previdência, que não tinha os votos necessários para sua aprovação, teve sua tramitação paralisada devido à intervenção federal na área de segurança pública do Estado do Rio de Janeiro.

Em função disso, o governo anunciou na segunda-feira uma lista de matérias prioritárias na área econômica. Muitas delas já tramitam no Congresso e enfrentam dificuldades de aprovação --a chamada desestatização da Eletrobras, entre elas, e também a redução da desoneração da folha e a reforma do PIS/Cofins, na opinião de outra liderança da base.

O anúncio, da forma que foi feito, desagradou os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), que já mandaram o recado ao governo em duras declarações: quem define a pauta do Legislativo são os parlamentares e os presidentes das duas Casas.

Enquanto isso, é constante a movimentação no tabuleiro eleitoral, e a tendência é de pulverização, mesmo na base do governo. Partidos como o MDB, o PSD e o DEM discutem a possibilidade de candidaturas ao Planalto. Também não faltam especulações sobre a chance de não políticos disputarem as eleições, além do próprio presidente Michel Temer.

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