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Líder da esquerda italiana manda carta a Lula

Maurizio Martina enviou documento por meio de eurodeputado

26 jul 2018 - 20h04
(atualizado às 20h09)
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O secretário do Partido Democrático (PD), Maurizio Martina, líder da maior força de centro-esquerda da Itália, enviou uma carta ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que cumpre pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro em Curitiba.

O documento foi entregue ao petista pelas mãos do eurodeputado italiano Roberto Gualtieri, que o visitou na carceragem da Polícia Federal nesta quinta-feira (26). Gualtieri é membro do PD e presidente da Comissão para Assuntos Econômicos e Monetários do Parlamento da União Europeia.

"Eu trouxe uma manifestação de solidariedade de líderes da esquerda europeia e uma carta do líder do meu partido italiano, Maurizio Martina", contou o eurodeputado após deixar a Superintendência da PF.

Gualtieri também disse que cinco ex-primeiros-ministros da Itália mandaram abraços e saudações a Lula: Romano Prodi, Massimo D'Alema, Enrico Letta, Matteo Renzi e Paolo Gentiloni, todos eles de centro-esquerda.

Essa não é a primeira vez que o PD manifesta solidariedade a Lula: em abril passado, o presidente do partido, Matteo Orfini, havia cobrado que a comunidade internacional se movimentasse para condenar a prisão do petista.

Além disso, Prodi, D'Alema e Letta já haviam assinado um manifesto com François Hollande (França), José Luis Rodríguez Zapatero (Espanha) e Elio Di Rupo (Bélgica) em defesa de Lula.

Visita

Após a visita, Gualtieri expressou sua "inquietação" com a situação de um político "condenado sem provas". "Li atentamente toda a sentença do processo e fiquei chocado com a ausência de provas e de culpas. Acho que essa sentença será estudada na universidade por muitos anos como um caso de má justiça", disse.

Segundo o eurodeputado, é "impossível" não pensar que Lula seja vítima de uma "sentença com motivação política". "O fato de que o presidente Lula corre o risco de não ser candidato sob o fundamento dessa sentença é um fato muito preocupante para a democracia brasileira e para a imagem do Brasil no mundo", declarou.

Ansa - Brasil   
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