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Heleno admite risco de MP da reforma administrativa caducar, mas aposta em bom senso do Congresso

20 mai 2019 - 23h06
(atualizado em 21/5/2019 às 06h31)
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Em meio à uma crise de articulação do governo com o Congresso, o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, general Augusto Heleno, admitiu nesta segunda-feira que existe risco da medida provisória da reforma administrativa caducar, mas disse acreditar no bom senso dos parlamentares.

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, durante entrevista coletiva em Brasília
30/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Augusto Heleno, durante entrevista coletiva em Brasília 30/04/2019 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Risco há. Claro que eu espero que ele não seja um risco provável, mas o risco existe, lógico. Está na mão deles. Eu acredito que uma nuvem de bom senso mostre que isso aí é contra tudo o que foi conversado", disse o ministro.

Heleno defendeu que a redução dos ministérios prevista na MP --e que pode cair caso a medida não seja aprovada por Câmara dos Deputados e Senado até o dia 3 de junho-- é uma questão de gestão.

O governo enfrenta resistência para votação da MP no Congresso. A medida foi aprovada em comissão com a volta do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) para o Ministério da Economia, tirando-o do Ministério da Justiça, como propusera o governo. Mas, mesmo com o acordo feito com os parlamentares pelo Planalto, deputados do PSL tentam reverter a decisão em plenário.

Depois de uma semana sem votações, a Câmara deve tentar votar o texto esta semana, e parlamentares do chamado centrão já teriam concordado com a inversão de pauta para que a MP pulasse a ordem de votação.

Perguntado se estaria faltando bom senso ao centrão, Heleno disse que não acusaria ninguém, mas que é preciso uma reflexão sobre o que essas manobras vão trazer ao país.

"Isso é o tal negócio: há uma alternância de poder, que alguns partidos não admitem, mas há. Tem uma alternância de poder. Então eu sou você amanhã. Então amanhã quando eu precisar defender isso aí, eu não vou ter moral para defender, porque há algum tempo atrás eu fiz o contrário do que estou pregando", defendeu.

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