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Governo transferirá venezuelanos para São Paulo e Amazonas

21 fev 2018 - 21h32
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Inicialmente 530 migrantes que estão em Roraima serão distribuídos entre os dois estados. Estima-se que 40 mil venezuelanos atravessaram a fronteira com o Brasil para fugir da grave crise que atinge a Venezuela.O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, anunciou nesta quarta-feira (21/02) que o governo federal irá transferir 530 venezuelanos que estão em Roraima para São Paulo e Amazonas. O processo de transferências dos migrantes começará nos próximos 15 dias.

Padilha afirmou que São Paulo receberá 350 venezuelanos e o Amazonas 180, que serão transferidos para localidades com vagas em abrigos e postos de trabalho. A transferência será pré-acordada com autoridades locais. Posteriormente, outros estados, com vagas de emprego, deverão receber venezuelanos.

Leia mais: A fome se propaga na Venezuela

O governo dará preferência para transferir homens solteiros com qualificação profissional e que tenham interesse em ficar no país. Padilha disse que 40% dos venezuelanos que cruzaram a fronteira têm esse perfil.

"Nós temos três tipos pessoas. As pessoas que vêm em busca de comida para família e retornam para a Venezuela. As pessoas que vieram para permanecer na região, especialmente as famílias indígenas. E aquelas que querem se internalizar para cidades onde possam ter ocupação", acrescentou o ministro.

Estima-se que 40 mil venezuelanos atravessaram a fronteira com o Brasil e atualmente estão vivendo nas cidades de Boa Vista e Pacaraima. Em 2017, mais de 17 mil venezuelanos pediram refúgio no país. Diante do fluxo migratório, Roraima pediu ajuda financeira e ações do governo federal para lidar com a situação, que sobrecarregou o sistema de saúde e aumentou a violência na região.

O governo anunciou ainda a construção de dois centros de acolhimento em Boa Vista e Pacaraima, com capacidade para abrigar 1.500 pessoas.

A Venezuela enfrenta uma grave crise econômica e política. A escassez de produtos básicos e o desemprego levaram milhares de venezuelanos a deixar o país. A onda migratória atingiu especialmente países que fazem fronteira com a Venezuela, como a Colômbia e o Brasil.

CN/efe/ots

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