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Governo tenta conter danos após intervenção na Petrobras

Presidente Bolsonaro ordenou suspensão de reajuste do diesel

15 abr 2019 - 16h02
(atualizado às 16h17)
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Após a intervenção do presidente Jair Bolsonaro no preço do diesel, o governo se reuniu nesta segunda-feira (15) para tentar debelar a crise e o temor dos investidores quanto às políticas para a Petrobras.

Plataforma da Petrobras em Angra dos Reis (RJ)
Plataforma da Petrobras em Angra dos Reis (RJ)
Foto: EPA / Ansa - Brasil

No encontro, os ministros Paulo Guedes (Economia), Onyx Lorenzoni (Casa Civil), Tarcísio Freitas (Infraestrutura), Bento Albuquerque (Minas e Energia), Santos Cruz (Secretaria de Governo) e Floriano Peixoto Vieira Neto (Secretaria-Geral da Presidência) discutiram a política de preços dos combustíveis com o presidente da estatal, Roberto Castello Branco.

A reunião foi uma prévia do encontro convocado para esta terça-feira (16), quando o próprio Bolsonaro se juntará aos ministros e ao comando da Petrobras para debater o assunto. Na noite da última quinta (11), o presidente ordenou que a empresa suspendesse um reajuste de 5,74% no preço do diesel nas refinarias.

A medida foi tomada para agradar à classe dos caminhoneiros, que no ano passado paralisou o país para protestar contra a alta dos combustíveis. A intervenção, no entanto, provocou uma queda de 8,54% nas ações ordinárias da Petrobras na última sexta (12), fazendo a empresa perder mais de R$ 32 bilhões em valor de mercado.

Já nesta segunda, os papéis da companhia operam em alta de cerca de 1,4%. Após a interferência, o presidente da República deu uma entrevista negando ser "intervencionista", mas cobrou justificativas da Petrobras para o reajuste.

Apesar de seu histórico antiliberal enquanto parlamentar, Bolsonaro foi eleito com um discurso em defesa de uma economia mais aberta e de menos intervenções do Estado, especialmente em função da figura de Paulo Guedes.

Ansa - Brasil   
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