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Governo não considera que seja necessário ceder na Previdência, mas está aberto ao diálogo, diz Marun

31 jan 2018 - 17h35
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O ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, disse nesta terça-feira que o governo do presidente Michel Temer não considera que seja necessário novas concessões na proposta de reforma da Previdência, mas ponderou que o Palácio do Planalto segue aberto ao diálogo com os parlamentares se novas ideias trouxerem mais votos.

Carlos Marun antes de reunião no Palácio do Planalto
21/02/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Carlos Marun antes de reunião no Palácio do Planalto 21/02/2017 REUTERS/Ueslei Marcelino
Foto: Reuters

"Em nenhum momento colocamos que estamos fechados ao diálogo. O que não queremos são ideias que não vão a nenhum lugar, ideias que não tragam nem apoio nem votos", disse Marun.

O ministro comentava uma tentativa de negociação aberta pelo deputado Rogério Rosso (PSD-DF), que teria se oferecido para abrir negociações com os servidores públicos para uma transição mais suave e facilitar a aprovação da reforma.

Marun afirma que a proposta não chegou até ele, mas que "receberá com respeito" qualquer ideia que traga apoios e não interfira no que chama de pilares da reforma: idade mínima e regime único para iniciativa privada e servidor público.

No início da noite desta terça-feira, Marun se reúne com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), os líderes do governo e dos partidos da base na casa de Maia para, segundo o ministro, tratar da estratégia para a votação.

O governo calcula ter apenas 270 votos e cerca de 70 indecisos. "Hoje começamos de forma mais organizada a reta final para a votação", disse Marun.

Para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma da Previdência na Câmara dos Deputados são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos de votação.

Marun também disse que a estratégia do governo para a Previdência tem sido "extremamente exitosa" e citou a pesquisa, encomendada pelo Planalto ao instituto Ibope e que mostra uma redução da rejeição à reforma entre a população. "Isso tem reflexo entre os deputados", afirmou.

A pesquisa, não divulgada na íntegra pelo governo, mostraria que 44 por cento dos entrevistados rejeitam a reforma e 63 por cento defendem regime igual para servidores públicos e o setor privado, de acordo com dados publicados pelo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, em sua conta no Twitter.

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