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Governo de São Paulo confirma morte de homem por coronavírus

Homem de 62 anos tinha diabetes e hipertensão e morreu no dia 16

17 mar 2020 - 14h12
(atualizado às 14h28)
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Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (17), o secretário de Saúde do Estado de São Paulo, José Henrique Germann Ferreira, confirmou a morte de um homem pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2). Esse é o primeiro falecimento registrado no Brasil.

Primeira morte foi registrada em São Paulo
Primeira morte foi registrada em São Paulo
Foto: EPA / Ansa - Brasil

O coordenador de Contingência do Coronavírus em São Paulo, David Uip, informou que o homem tinha 62 anos e foi levado a um hospital privado em São Paulo no dia 14 de março, tendo falecido nesta segunda-feira (16). Ele não tinha histórico de viagens, mas tinha diabetes e hipertensão e teve os primeiros sintomas no dia 10 de março.

"Fomos informados oficialmente do óbito hoje às 10h30. Nesse mesmo serviço, existem outros quatro óbitos que estão sendo investigados por coronavírus", destacou Uip. Ele ainda fez um apelo para que os paulistas doem sangue, já que os estoques estão críticos - com o máximo de uma semana.

Uip destacou que, como a maior parte dos internados estão na rede particular de atendimento, o governo não tem acesso aos números totais de quantos estariam sendo tratados pela doença e quantos estariam em estado grave. O coordenador informou que apenas um dos hospitais privados está mantendo a comunicação com o governo e que está sendo estudado o que pode ser melhorado.

Sobre as demais mortes que estão sendo anunciadas por entidades privadas, os dois representantes destacaram que uma morte no bairro do Tatuapé foi descartada - a causa foi o vírus Influenza - e no hospital de Taipas também foi descartada por Influenza - os demais estão sendo verificados.

Por sua vez, Ferreira informou ainda que todas as aglomerações no estado de São Paulo estão proibidas e que as restrições de circulação poderão mudar caso aumente ou diminua a circulação do vírus. Também informou que o governo está "reforçando as medidas de prevenção, principalmente, por se tratar de um óbito comunitário (quando a contaminação ocorre dentro do país)".

"A morte não deve chegar à população como uma surpresa. As mortes, infelizmente, vão acontecer", destaca Uip, pontuando que as pessoas precisam ficar atentas à prevenção. Sobre a recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS) pedir que todos os suspeitos sejam testados, Uip voltou a falar em "mundo ideal e mundo real".

"Entendemos que precisamos ampliar os centros de diagnóstico. Mas, existe um mundo ideal e o mundo real. Queríamos fazer os exames em todo mundo, mas isso não é real. Você corre o risco de estar fazendo exame de resfriado. Vamos tentar ampliar, mas dentro das possibilidade, precisamos de muito bom senso", pontuou Uip.

O coordenador ainda afirmou que eles têm conhecimento de que o vírus está se espalhando bastante, mas "neste momento, nós continuaremos fazendo exames dos pacientes internados, nos profissionais de saúde". Já Paulo Menezes, também coordenador do Centro de Contingência, informou que dos 160 casos em São Paulo, 80% são leves e cerca de 30 casos, no Estado, são considerados graves.

Até esta segunda, o Ministério da Saúde informou que havia 234 casos confirmados no país, sendo 152 deles em São Paulo.

Ansa - Brasil   
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