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FHC e aliados enaltecem Alckmin e apontam desafios da campanha e de um futuro governo

5 ago 2018 - 00h19
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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse neste sábado que a chapa presidencial formada por Geraldo Alckmin (PSDB) e a senadora Ana Amélia (PP-RS) tem a "responsabilidade histórica" de fazer as mudanças necessárias que o Brasil precisa.

Candidato do PSDB à Presidência saúda convencionais junto com a candidata a vice, senadora Ana Amélia, do PP
04/08/2018
REUTERS/Adriano Machado
Candidato do PSDB à Presidência saúda convencionais junto com a candidata a vice, senadora Ana Amélia, do PP 04/08/2018 REUTERS/Adriano Machado
Foto: Reuters

"Vocês foram escolhidos para expressar este novo momento do Brasil, a crença em nós mesmos, no Brasil", disse Fernando Henrique, durante a convenção do PSDB que confirmou o nome de Alckmin como candidato a presidente numa aliança formada por nove partidos.

Para o ex-presidente, é preciso fazer um futuro dentro da "lei e da ordem" e que ambos representam essa linha. Para ele, é preciso agir com autoridade e não de forma autoritária e "refazer" a vida política.

"O Brasil hoje tem medo, incerteza. Medo porque a violência está grassando no país e vocês têm que responder a isso com coragem, sem meias palavras, e colocar na prisão quem for necessário, seja por corrupção, assalto", disse.

O ex-presidente defendeu a política de alianças de partidos feita pela chapa. "Aliança na democracia faz parte da governabilidade e ela antecipa vitória", destacou.

Por sua vez, a senadora Ana Amélia afirmou que a esperança que nasce neste sábado é o seu principal desafio da carreira.

"Quero aqui contribuir modestamente, porque a régua moral de Geraldo Alckmin é a mesma que eu utilizei no Senado Federal", afirmou.

Segundo a candidata a vice, o contribuinte deseja um governo austero para melhorar as áreas principais da gestão. Ela lembrou que tinha uma reeleição encaminhada para o Senado.

"O Brasil precisa de todos nós para fazer junto com Geraldo esse país diferente", defendeu.

EMPREGOS

O senador e ex-governador paulista José Serra defendeu que uma eventual gestão de Alckmin o PSDB volte a fazer melhorias nas áreas de saúde, educação e segurança pública e destacou que o partido obteve êxito ao governar nos dois primeiros quesitos.

Serra defendeu que Alckmin trabalhe para fazer uma reforma política no país e pela aprovação da mudança de regime de governo, o parlamentarismo. "Nosso comandante tem que empunhar essa bandeira", cobrou.

O senador e candidato ao governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), disse em discurso que o "Brasil inteiro" se levanta para trabalhar em favor da caminhada de Alckmin.

"É uma pessoa de coração de ouro", disse, ao também elogiar a escolha de Ana Amélia dizendo-se "apaixonado" por ela.

Uma das principais lideranças do PSDB até ser tragado pelo escândalo da delação da JBS, o ex-presidente do partido e senador Aécio Neves (MG) não compareceu à convenção. Aécio foi o último candidato a presidente do partido, terminando a disputa em 2014 em segundo.

O ex-prefeito de São Paulo e candidato ao governo paulista, João Dória (PSDB), destacou que a coligação tem os "melhores" candidatos a presidente e a vice.

"O que os brasileiros mais querem é emprego, não é assistencialismo e Geraldo Alckmin sabe fazer isso", disse. "Ele é o candidato que vai ajudar o Brasil a gerar milhões de empregos e fará a grande transformação do Brasil", completou.

DECOLAGEM

Ex-presidente do PSDB, o senador Tasso Jereissati (CE) disse ter ficado "muito desiludido" com o futuro do país, mas que ficou "muito otimista" com a coligação encabeçada por Alckmin.

Tasso aproveitou a sua fala para criticar as gestões petistas, que transformaram o país em um "centro institucionalizado de corrupção", disse.

O presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), afirmou que, anteriormente, havia se criado uma imagem de que a candidatura de Alckmim não iria decolar. Mas ele disse que ela "decolou" e que é preciso que o arco de alianças realize as mudanças necessárias.

Freire fez críticas aos candidatos mais alinhados à esquerda e à direita no país. "Esta grande frente que está sendo construída decolou e vai ganhar as eleições", disse.

O presidente do DEM e prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto, disse que a aliança vai chegar ao Nordeste, mesmo que Alckmin nem Ana Amélia sejam da região. A localidade é historicamente um dos pontos fracos do PSDB desde a ascensão política no plano federal do PT, a partir de 2003.

Para o presidente do DEM, o candidato a presidente não precisa ser do Nordeste, mas tem que olhar a região com atenção. "Nós sabemos que Geraldo vai desenvolver um projeto para a região", afirmou.

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